Fuzileiros Navais fazem adestramento no NAM Atlântico

Militares e navios em operação no mar.
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Em meio ao azul profundo do Atlântico Sul, o NAM Atlântico tornou-se palco de um intenso exercício militar durante a Operação Aderex Aeronaval 2025. A bordo, um pelotão do 2º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais viveu dias de treinamento rigoroso, realizando manobras de embarque e desembarque com as versáteis EDVPs e aprimorando técnicas de guerra anfíbia. O exercício reafirmou a importância da integração entre meios navais, aeronavais e tropas embarcadas.

Capacidades técnicas do NAM Atlântico e o uso das EDVPs

Com 203 metros de comprimento e capacidade de operar múltiplas aeronaves, o NAM Atlântico é o maior navio da história da Marinha do Brasil. Equipado com modernos sistemas de comando e controle, é a plataforma ideal para o planejamento e execução de operações anfíbias. Durante a Aderex 2025, o navio demonstrou sua versatilidade ao empregar suas Embarcações de Desembarque de Viaturas e Pessoal (EDVPs), que transportaram com eficiência tanto militares quanto viaturas até o litoral simulado.

Jipe militar dos Fuzileiros Navais na praia.

As EDVPs provaram sua eficácia em missões de inserção e extração de tropas sob condições adversas, contribuindo diretamente para o aumento da mobilidade tática dos Fuzileiros Navais. O adestramento possibilitou o refinamento de procedimentos logísticos e operacionais, fundamentais em cenários reais de combate ou ajuda humanitária.

Impacto da operação na formação dos Fuzileiros Navais

Para os integrantes do 2ºBtlInfFuzNav, o exercício representou uma valiosa oportunidade de imersão no ambiente embarcado, essencial para missões de longa duração. Além de realizarem as manobras com as EDVPs, os militares embarcaram em aeronaves UH-15, treinando o assalto aeromóvel, uma das capacidades mais decisivas em operações modernas de projeção de poder.

Soldados em barco militar no mar.

A familiarização com os protocolos de bordo, os sistemas de comunicação e os procedimentos de convívio na capitânia da Esquadra fortalece a coesão entre os meios navais e os Fuzileiros, promovendo um alto grau de interoperabilidade. Tal experiência contribui diretamente para a formação continuada dos militares e consolida a doutrina de emprego da Capacidade Expedicionária brasileira.

A importância estratégica da Operação Aderex para a Marinha

A Operação Aderex Aeronaval é uma das principais ações de adestramento da Esquadra Brasileira, e sua edição de 2025 reflete uma resposta às crescentes demandas estratégicas do Atlântico Sul. O uso intensivo do NAM Atlântico nesta missão evidencia a busca pela prontidão operacional da Marinha, integrando forças navais, aéreas e de superfície com foco em operações expedicionárias e de resposta rápida.

Num cenário geopolítico marcado por tensões no entorno sul-americano e pela importância crescente do Atlântico Sul como área de interesse internacional, a atuação sincronizada da Força de Fuzileiros da Esquadra com o Comando da Esquadra projeta a presença do Brasil como ator estabilizador e preparado para proteger seus interesses marítimos.

A operação simboliza, portanto, não apenas o adestramento técnico, mas o comprometimento institucional com a manutenção de uma força anfíbia moderna, flexível e integrada aos desafios contemporâneos.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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