Nesta quarta-feira (12), parlamentares, pesquisadores e militares da Marinha se reuniram no Salão Nobre da Câmara dos Deputados no primeiro encontro do ano com os novos integrantes da Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Criada em 2007, a Frente Parlamentar tem como objetivo garantir apoio e levantamento de recursos para o desenvolvimento das pesquisas realizadas na Estação Antártica Comandante Ferraz. Atualmente, a Frente é composta por 203 parlamentares, entre deputados e senadores, e é presidida pelo Deputado Federal José Rocha (União Brasil-BA).

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PROANTAR: 41 anos ininterruptos de pesquisa e cooperação entre instituições

O PROANTAR é o programa científico brasileiro mais duradouro, completando 41 anos ininterruptos de pesquisa em 2023. A coordenação-geral é responsabilidade da Marinha do Brasil, por meio da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), enquanto a gestão científica é conduzida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos (SEPPE) e o Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Durante o encontro, o Deputado José Rocha ressaltou que a atuação parlamentar visa fortalecer a pesquisa nacional.

Novos desafios e perspectivas para o PROANTAR

Para o Secretário da CIRM, Contra-Almirante Marco Antônio Linhares Soares, a percepção dos parlamentares sobre os temas do PROANTAR inspira novos desafios ao programa, como a concretização do Navio de Apoio Antártico “Almirante Saldanha”, que está sendo construído no Brasil e incrementará as pesquisas na Antártica e suas águas circundantes. A Secretária de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, Márcia Cristina Bernardes Barbosa, também participou do encontro e destacou o papel relevante da ciência na Antártica, assegurando a atuação do Brasil como membro consultivo do Tratado Antártico. A Antártica possui 14 milhões de km², uma área superior ao território brasileiro, e concentra a maior reserva de água potável congelada do planeta.

O encontro contou ainda com a presença de pesquisadores e estudantes interessados no PROANTAR, proporcionando uma oportunidade de conhecer o programa e as possibilidades de atuação nas pesquisas na Antártica. O professor Luiz Henrique Rosa, que participou da última Operação Antártica, destacou em sua linha de pesquisa a avaliação dos micro-organismos presentes na Antártica e suas potencialidades, como fonte de bioprodutos para aplicações biotecnológicas, especialmente na medicina, com novos antibióticos produzidos por esses organismos e na agricultura, através de herbicidas e pesticidas que podem favorecer o agronegócio brasileiro.

Investimento em ciência e tecnologia para o futuro

A Frente Parlamentar Mista de Apoio ao PROANTAR busca fortalecer a pesquisa nacional, garantindo recursos e apoio para o desenvolvimento das pesquisas na Antártica. O investimento em ciência e tecnologia é crucial para o futuro, pois possibilita a previsão do clima e de ciclos e contribui para a descoberta de novos medicamentos e inovações no agronegócio. A cooperação entre parlamentares, pesquisadores e militares é essencial para o sucesso das iniciativas, e eventos como esse reforçam a importância do engajamento conjunto.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).