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Entre os dias 16 e 17 de dezembro de 2024, o Comando Operacional Conjunto Catrimani II realizou uma ação estratégica para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY). Em uma operação precisa e coordenada, duas pistas de pouso clandestinas — Couto Magalhães e Valmor — foram interditadas por meio de explosões controladas, com o objetivo de desarticular a logística dos garimpeiros ilegais. A ação contou com o apoio de Equipamento de Visão Noturna (EVN) e técnicas avançadas de infiltração por helicóptero, envolvendo militares das três Forças Armadas.
A Operação Catrimani II: estratégias e objetivos no combate ao garimpo ilegal
A Operação Catrimani II foi instituída em conformidade com a Portaria GM-MD nº 1.511, de 26 de março de 2024, que estabelece diretrizes para ações preventivas e repressivas contra ilícitos ambientais e transfronteiriços na Terra Indígena Yanomami (TIY).
O principal objetivo é reduzir a infraestrutura logística do garimpo ilegal, desarticulando suas operações por meio da destruição de pistas clandestinas e outros pontos estratégicos. Além disso, a operação busca interromper rotas de transporte de equipamentos e suprimentos utilizados nas atividades ilícitas, fragilizando financeiramente as organizações criminosas envolvidas.
A ação envolveu monitoramento prévio das áreas alvos, reconhecimento do terreno, infiltração de tropas especializadas e destruição controlada das pistas clandestinas. As tropas atuaram de forma coordenada, com ações planejadas para minimizar riscos e maximizar a efetividade das operações.
Tecnologia e táticas militares na operação Flecha Noturna II
A Flecha Noturna II, uma das ações no escopo da Operação Catrimani II, representou um marco no uso de tecnologia de ponta e táticas militares avançadas no combate ao garimpo ilegal.
Os militares utilizaram Equipamento de Visão Noturna (EVN), que permitiu a continuidade das operações durante a noite, garantindo o elemento surpresa e reduzindo a exposição das tropas a possíveis ameaças. Esse tipo de equipamento exige treinamento técnico especializado, reforçando a importância do preparo das Forças Armadas Brasileiras.
A infiltração dos militares foi realizada por meio da técnica Fast Rope, com o uso de helicópteros UH-15 Super Cougar, da Marinha do Brasil, e HM-4 Jaguar, do Exército Brasileiro. Essa técnica possibilita o desembarque rápido das tropas em áreas de difícil acesso, sem a necessidade de pouso das aeronaves.
A operação envolveu ainda reconhecimento tático das áreas alvos, vigilância permanente, montagem e detonação de explosivos, além de retraimento seguro das tropas após o cumprimento das missões.
Impacto da destruição dos aeródromos clandestinos na Terra Yanomami
A interdição das pistas Couto Magalhães e Valmor representa um duro golpe na infraestrutura logística do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY). Essas pistas eram fundamentais para o transporte de equipamentos, combustível, suprimentos e até para a movimentação de pessoas envolvidas na atividade ilícita.
Com a destruição dos aeródromos, a capacidade de operação dos garimpeiros foi drasticamente reduzida, tornando mais difícil e custoso o acesso às áreas de exploração mineral ilegal. Esse impacto direto não apenas enfraquece a atuação dos criminosos, mas também contribui para a preservação do meio ambiente e para a proteção das comunidades indígenas que habitam a região.
Além disso, a operação reforça a presença do Estado Brasileiro na Amazônia, demonstrando compromisso com a soberania nacional, a proteção dos povos originários e o combate aos crimes ambientais.
As ações da Operação Catrimani II também têm um efeito dissuasório, enviando uma mensagem clara de que a exploração ilegal não será tolerada e que as autoridades permanecerão vigilantes e atuantes.
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