Na última terça-feira, as Forças Armadas divulgaram um relatório marcante que destaca uma redução notável nas atividades ilegais de garimpo na Terra Indígena Yanomami (TIY). Durante uma coletiva de imprensa em Boa Vista, foram apresentados dados que ilustram um esforço considerável de assistência humanitária aos indígenas. Nesse contexto, a Força Aérea Brasileira (FAB), a Marinha do Brasil (MB) e o Exército Brasileiro (EB) colaboraram efetivamente, contribuindo com aeronaves de transporte, reconhecimento, de caça e asas rotativas para auxiliar em todas as áreas de prevenção e repressão.

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Redução Eficaz das Atividades Ilegais de Garimpo

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Um sobrevoo nas áreas dos garimpos, realizado com aeronaves C-98 (Caravan), revelou a eficácia das ações de combate à mineração ilegal. As áreas afetadas estão agora em processo de recuperação natural, com vegetação crescendo novamente após quatro meses sem os níveis de degradação ambiental causados pelo garimpo. A cor da água também mudou, um sinal tangível da recuperação. Este resultado positivo vai ao encontro de um levantamento da Polícia Federal, que mostra a interrupção do avanço do garimpo.

Ajuda Humanitária aos Indígenas

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Desde o decreto nº 11.405 em 30 de janeiro de 2023, as Forças Armadas intensificaram a assistência humanitária aos indígenas no estado de Roraima. A FAB, além de prover inteligência, ficou responsável pelo transporte aéreo logístico nas operações. Graças a esse esforço, 23.438 cestas básicas foram distribuídas aos indígenas da TIY, com mais de 600 toneladas de material transportado. Este compromisso resultou em mais de 1.000 lançamentos de cargas desde o início das operações e o transporte de mais de 1.800 pessoas, incluindo 270 indígenas e 96 socorridos em missões de Evacuação Aeromédica (EVAM).

Ações Repressivas e a Luta Contra o Garimpo Ilegal

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Em maio, conflitos entre garimpeiros e indígenas se intensificaram, culminando na morte e violência de ambos os lados. Com a escalada da crise, o Decreto nº 11.575 de 21 de junho de 2023 permitiu a ampliação do escopo de atuação do Ministério da Defesa, dando aos militares novos poderes no combate às ações ilegais. Desde então, as Forças Armadas têm realizado ações preventivas e repressivas contra delitos transfronteiriços e ambientais, na faixa de fronteira terrestre e nas águas interiores.

Com a continuidade dessas operações, 19 garimpos ilegais foram destruídos, reduzindo em 90% o número de voos clandestinos na TIY. O prejuízo causado ao garimpo ilegal na TIY foi de R$ 30,9 milhões, incluindo a destruição/apreensão de 112 balsas, 41 embarcações e aeronaves, 415 motores e máquinas de minério, 42 toneladas de cassiterita, 90 geradores e 39 armas de fogo.

Os dados mostram uma redução drástica das atividades ilegais, comprovando a eficácia da sinergia entre as Forças Armadas e as agências do governo federal envolvidas nas operações. Com esses resultados positivos, o Brasil demonstra seu compromisso em proteger os direitos indígenas, preservar a biodiversidade e combater o crime ambiental.

Marcelo Barros, com informações do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).