Fiscalização noturna nas praias de Maceió une Marinha e órgãos civis pela navegação segura

Não fique refém dos algoritmos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

Ao cair da noite em Maceió, as praias da Ponta Verde e da Pajuçara se transformaram em palco de uma operação inédita de fiscalização marítima. Coordenada pela Marinha do Brasil, a ação reuniu órgãos civis e representantes da comunidade local para garantir que os passeios noturnos sigam padrões de segurança e sustentabilidade. O esforço coletivo revelou um cenário positivo na navegação, mas acendeu um alerta importante: o impacto ambiental crescente nos recifes da região.

Conformidade e protocolos de segurança marítima

A operação fiscalizou 17 embarcações durante a noite, todas em conformidade com as normas de navegação noturna. Os condutores apresentaram os documentos obrigatórios, utilizavam coletes salva-vidas nos passageiros e foram orientados sobre o Seguro Obrigatório de Embarcações, com aceitação imediata por todos os abordados. Segundo o Capitão dos Portos Rodrigo Garcia, não houve nenhuma infração às normas da Marinha do Brasil.

Essa atuação reforça a importância da preparação técnica e do cumprimento de protocolos de segurança por parte dos operadores turísticos. A fiscalização noturna, pouco comum nesse tipo de atividade, revela uma nova fase de atenção aos riscos que emergem com a ampliação do turismo náutico fora do horário diurno.

A participação da comunidade marítima e os impactos locais

Um dos destaques da operação foi a postura colaborativa dos condutores. Muitos deles, além de acatarem prontamente as orientações, se mostraram dispostos a participar de futuras ações educativas. Esse engajamento é considerado estratégico para construir uma cultura de autofiscalização e respeito ambiental, especialmente em áreas como a Ponta Verde, onde o turismo é intenso e os impactos acumulativos são maiores.

A parceria entre a Marinha, BPA, SMTT, PF, CBMAL, OPLIT e IMA e membros da comunidade local evidenciou um esforço coletivo pela qualificação do turismo náutico, ao integrar forças civis e militares na proteção dos recursos naturais e na valorização da economia local.

O equilíbrio entre turismo, segurança e meio ambiente

A operação também chamou atenção para o delicado equilíbrio entre o desenvolvimento do turismo náutico e a preservação dos ecossistemas costeiros. Foram observados indícios de poluição sonora, iluminação artificial em excesso e resíduos descartados no mar, fatores que afetam diretamente a vida marinha noturna, especialmente os recifes de coral da região.

Diante desses achados, uma nova etapa da operação será realizada na próxima semana, com foco na piscina natural da Ponta Verde. O objetivo será avaliar a viabilidade de implementar limitações no número de embarcações, promovendo um ordenamento ambiental sustentável que concilie o potencial turístico da região com a sua preservação a longo prazo.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Apoio

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui