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Na manhã ensolarada de 16 de julho de 1944, a Baía de Nápoles testemunhou a chegada histórica da primeira Força Expedicionária Brasileira (FEB) em solo europeu. Após uma longa e desafiadora travessia, os bravos soldados brasileiros desembarcaram prontos para iniciar sua jornada na Segunda Guerra Mundial, marcando a primeira presença de uma força latino-americana na Itália.
A Jornada até Nápoles
Sistema de Escolta e Segurança Durante a Travessia
A travessia do Atlântico foi uma operação complexa e perigosa. Destróieres brasileiros e belonaves americanas acompanharam os transportes até o Estreito de Gibraltar. No Mediterrâneo, navios americanos e ingleses, juntamente com uma constante cobertura aérea, asseguraram a segurança das tropas. Blimpes e aviões, com bases no Brasil e na África, garantiram a vigilância desde a partida até o destino final.
Desafios Enfrentados a Bordo Durante a Viagem
A vida a bordo dos navios não foi fácil. Ameaças de ataques submarinos, exercícios diários de abandono de navio e o uso obrigatório de salva-vidas tornaram a viagem tensa. As noites, muitas vezes abafadas e insuportáveis devido ao escurecimento total dos navios, foram particularmente desafiadoras. No entanto, exercícios de artilharia contra alvos aéreos e programas de entretenimento ajudaram a aliviar a tensão entre os soldados.
Desembarque e Primeiras Impressões
Recepção no Porto de Nápoles
Ao atracar no porto de Nápoles, os soldados da FEB foram recebidos com entusiasmo e curiosidade. A presença de autoridades militares, incluindo o tenente-general Jacob L. Devers, comandante das forças americanas no Mediterrâneo, destacou a importância daquele momento histórico.
Cerimônia de Boas-Vindas e Presença de Autoridades
O general Mascarenhas de Moraes e sua tropa receberam pessoalmente os cumprimentos do alto comando aliado, marcando o início de uma parceria significativa. Uma guarda de honra estava posicionada ao longo do cais, prestando continências ao chefe brasileiro, evidenciando o respeito e a camaradagem entre as forças aliadas.
Primeiros Passos em Solo Italiano e Aclimatação
Após o desembarque, a tropa foi direcionada ao estacionamento em Agnaro, próximo ao subúrbio de Bagnoli. Embora a área, um bosque dentro da cratera do vulcão Astrônia, não estivesse completamente preparada para recebê-los, os soldados rapidamente começaram a se aclimatar, utilizando a ração americana de reserva e improvisando abrigos.
Vida em Terras Italianas
Estacionamento em Agnaro e Adaptação Inicial
A área de estacionamento em Agnaro ofereceu um cenário natural, mas os desafios logísticos foram imediatos. A falta de barracas e cozinhas adequadas forçou os soldados a improvisar, utilizando as rações de emergência e enfrentando noites frias e desconfortáveis. Apesar disso, a situação começou a se normalizar à medida que os dias passavam.
Condições do Acampamento e Desafios Logísticos
A tropa precisou adaptar-se rapidamente às condições do novo ambiente. A improvisação e a resiliência foram essenciais para superar os primeiros dias em terras italianas. O acampamento, embora inicialmente desorganizado, logo se tornou um lugar de camaradagem e preparação para os desafios futuros.
Convívio e Colaboração com Tropas Aliadas
Uma camaradagem natural se desenvolveu entre os soldados brasileiros e as tropas aliadas. A convivência diária, tanto no trabalho quanto nos momentos de folga, fortaleceu os laços e criou uma amizade de guerra sólida. As gentilezas da tripulação dos transportes e a colaboração nas tarefas diárias ajudaram a dissipar a saudade e as apreensões, preparando a FEB para os combates que estavam por vir.
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