FEB 80 Anos: Chegada da FEB a Nápoles marca início da Presença Brasileira na Itália

Não fique refém dos algorítimos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

Na manhã ensolarada de 16 de julho de 1944, a Baía de Nápoles testemunhou a chegada histórica da primeira Força Expedicionária Brasileira (FEB) em solo europeu. Após uma longa e desafiadora travessia, os bravos soldados brasileiros desembarcaram prontos para iniciar sua jornada na Segunda Guerra Mundial, marcando a primeira presença de uma força latino-americana na Itália.

A Jornada até Nápoles

Sistema de Escolta e Segurança Durante a Travessia

A travessia do Atlântico foi uma operação complexa e perigosa. Destróieres brasileiros e belonaves americanas acompanharam os transportes até o Estreito de Gibraltar. No Mediterrâneo, navios americanos e ingleses, juntamente com uma constante cobertura aérea, asseguraram a segurança das tropas. Blimpes e aviões, com bases no Brasil e na África, garantiram a vigilância desde a partida até o destino final.

Desafios Enfrentados a Bordo Durante a Viagem

A vida a bordo dos navios não foi fácil. Ameaças de ataques submarinos, exercícios diários de abandono de navio e o uso obrigatório de salva-vidas tornaram a viagem tensa. As noites, muitas vezes abafadas e insuportáveis devido ao escurecimento total dos navios, foram particularmente desafiadoras. No entanto, exercícios de artilharia contra alvos aéreos e programas de entretenimento ajudaram a aliviar a tensão entre os soldados.

Desembarque e Primeiras Impressões

Recepção no Porto de Nápoles

Ao atracar no porto de Nápoles, os soldados da FEB foram recebidos com entusiasmo e curiosidade. A presença de autoridades militares, incluindo o tenente-general Jacob L. Devers, comandante das forças americanas no Mediterrâneo, destacou a importância daquele momento histórico.

Cerimônia de Boas-Vindas e Presença de Autoridades

O general Mascarenhas de Moraes e sua tropa receberam pessoalmente os cumprimentos do alto comando aliado, marcando o início de uma parceria significativa. Uma guarda de honra estava posicionada ao longo do cais, prestando continências ao chefe brasileiro, evidenciando o respeito e a camaradagem entre as forças aliadas.

Primeiros Passos em Solo Italiano e Aclimatação

Após o desembarque, a tropa foi direcionada ao estacionamento em Agnaro, próximo ao subúrbio de Bagnoli. Embora a área, um bosque dentro da cratera do vulcão Astrônia, não estivesse completamente preparada para recebê-los, os soldados rapidamente começaram a se aclimatar, utilizando a ração americana de reserva e improvisando abrigos.

Vida em Terras Italianas

Estacionamento em Agnaro e Adaptação Inicial

A área de estacionamento em Agnaro ofereceu um cenário natural, mas os desafios logísticos foram imediatos. A falta de barracas e cozinhas adequadas forçou os soldados a improvisar, utilizando as rações de emergência e enfrentando noites frias e desconfortáveis. Apesar disso, a situação começou a se normalizar à medida que os dias passavam.

Condições do Acampamento e Desafios Logísticos

A tropa precisou adaptar-se rapidamente às condições do novo ambiente. A improvisação e a resiliência foram essenciais para superar os primeiros dias em terras italianas. O acampamento, embora inicialmente desorganizado, logo se tornou um lugar de camaradagem e preparação para os desafios futuros.

Convívio e Colaboração com Tropas Aliadas

Uma camaradagem natural se desenvolveu entre os soldados brasileiros e as tropas aliadas. A convivência diária, tanto no trabalho quanto nos momentos de folga, fortaleceu os laços e criou uma amizade de guerra sólida. As gentilezas da tripulação dos transportes e a colaboração nas tarefas diárias ajudaram a dissipar a saudade e as apreensões, preparando a FEB para os combates que estavam por vir.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Google News

Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui