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No céu do Rio de Janeiro, o rugido dos caças e o traço da fumaça colorida anunciaram a memória viva da vitória. A Força Aérea Brasileira (FAB) participou com destaque da cerimônia pelos 80 anos do Dia da Vitória, no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (MNMSGM), relembrando o sacrifício dos aviadores brasileiros e exaltando os feitos da Esquadrilha da Fumaça e do lendário 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA).
A história da FAB na Segunda Guerra e o legado do 1º GAVCA
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Força Aérea Brasileira protagonizou feitos heroicos na Campanha da Itália, integrando o esforço aliado com o 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), conhecido pelo indicativo de rádio “Jambock”. Com sede em Pisa, na Itália, a unidade realizou mais de 2.500 missões de combate, atuando contra alvos logísticos do Eixo e apoiando diretamente o avanço terrestre das tropas aliadas.
O 1º GAVCA tornou-se um símbolo de bravura e eficiência, sendo reconhecido pelas forças americanas como unidade de elite. O legado desses aviadores continua presente na cultura operacional da FAB, especialmente no que diz respeito a liderança, precisão e espírito de missão.
Na cerimônia do Dia da Vitória, a FAB homenageou esse passado com um sobrevoo de um caça F-5M Tiger II, representando a continuidade da doutrina de defesa aérea brasileira e a conexão entre as gerações de aviadores.
Honrarias e presença institucional: memória e reconhecimento no Dia da Vitória
A solenidade foi presidida pelo Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, e reuniu representantes das três Forças Armadas, autoridades civis, familiares de ex-combatentes e organizações militares. Em seu discurso, o ministro destacou os números que ilustram o sacrifício brasileiro na guerra: 34 navios afundados, cerca de 1.450 marinheiros mortos, 22 aeronaves abatidas e mais de 500 militares mortos nos campos de batalha da Europa.
Um dos pontos altos da cerimônia foi a entrega da Medalha da Vitória a 214 personalidades e organizações militares, em reconhecimento à preservação da memória dos feitos históricos da Segunda Guerra Mundial. Foram homenageados os ex-combatentes Primeiro-Tenente José Osório de Oliveira Filho e Segundo-Tenente Manoel Vicente de Carvalho, além da Diretoria de Infraestrutura da Aeronáutica (DIRINFRA).
O gesto reforça o compromisso institucional da FAB com a valorização de sua história, e com o resgate de figuras que moldaram a identidade da aviação militar brasileira.
Demonstrações aéreas e patrimônio histórico da aviação brasileira
A cerimônia foi marcada ainda por momentos de emoção e demonstração de capacidade operacional. Além do sobrevoo do F-5M, foram realizados saltos de paraquedistas das três Forças Armadas, emocionando o público reunido no MNMSGM. O encerramento ficou por conta da tradicional Esquadrilha da Fumaça, que pintou o céu do Rio com suas acrobacias precisas e simbólicas.
Um dos destaques do evento foi a exposição do caça Xavante (EMBRAER/AERMACCHI MB-326 GB), o primeiro avião de ataque fabricado no Brasil, utilizado entre 1971 e 2010. A aeronave simboliza a evolução da indústria aeronáutica nacional e conecta a memória da Segunda Guerra à era da independência tecnológica.
Com essas ações, o III COMAR reafirmou o papel da FAB como guardião do espaço aéreo e da memória nacional, lembrando que os feitos de ontem inspiram os voos de hoje e os desafios do futuro.
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