Não fique refém dos algorítimos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias. |
Com o lançamento de um foguete suborbital previsto para o final de novembro, a Operação Potiguar marca o retorno do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) à atividade de lançamentos suborbitais. A iniciativa da Força Aérea Brasileira (FAB) reafirma o compromisso do Brasil com o avanço no setor aeroespacial e a ampliação de sua autonomia tecnológica.
Operação Potiguar: Objetivos e Impacto no Programa Espacial
Dividida em duas fases, a Operação Potiguar busca aumentar a capacidade nacional de lançamentos espaciais e reforçar o papel do Brasil no segmento suborbital. Na primeira fase, prevista para novembro de 2024, um foguete VS-30 será lançado do CLBI para treinamento da equipe, validação de equipamentos e testes de sistemas de telemetria e radar.
A segunda fase, programada para 2025, introduzirá a plataforma suborbital de microgravidade (PSM), permitindo a recuperação de cargas úteis após o voo. Este avanço deve posicionar o Brasil como um dos poucos países capazes de lançar, monitorar e recuperar experimentos espaciais com autonomia completa, ampliando sua participação na crescente demanda por experimentos em microgravidade.
O Papel do CLBI no Avanço Espacial Brasileiro
Localizado em Parnamirim (RN), o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) tem um histórico de mais de 3.000 lançamentos desde sua fundação, em 1965. Subordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), o CLBI desempenha um papel estratégico no Programa Espacial Brasileiro (PEB).
A Operação Potiguar marca a retomada das atividades de lançamento suborbital no CLBI, que nos últimos anos havia se concentrado em operações de rastreamento. Com a reativação, o CLBI agora reforça suas capacidades em monitoramento, coleta de dados e recuperação de cargas úteis, solidificando sua relevância no cenário aeroespacial global.
Foguete VS-30: Tecnologia e Aplicações
O VS-30, projetado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), é um foguete de sondagem monoestágio, não guiado, que utiliza quase uma tonelada de combustível sólido. Com oito metros de comprimento, o veículo pode alcançar uma altitude de 150 quilômetros, atingindo velocidades de até 6.000 km/h.
Na Operação Potiguar, o VS-30 será utilizado para validar processos e treinar a equipe do CLBI, garantindo que os sistemas de voo e telemetria funcionem com precisão. Em 2025, o mesmo modelo será adaptado para qualificar a PSM, oferecendo novas possibilidades para experimentos científicos e tecnológicos que demandam condições de microgravidade.
Participe no dia a dia do Defesa em Foco
Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395