Para o pesquisador Chico Monteiro, também conhecido como Chico Peixe, a história de um povo pode ser contada a partir do rio que margeia aquela comunidade Foto: Ronaldo Mazza

Requerida pelo deputado estadual Wilson Santos (PSD), a Expedição Fluvial no Rio Cuiabá com intuito de diagnosticar as condições do rio teve início na manhã desta segunda-feira (16). Além do parlamentar, fazem parte da comitiva pesquisadores, representantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Cuiabá, Marinha do Brasil – Capitania Fluvial de Mato Grosso, entre outros.

Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.

A jornada pretendida inclui percorrer as águas do rio da nascente à foz e deve terminar no próximo sábado (21) no encontro do rio Cuiabá com o rio São Lourenço. A partida foi dada na barragem do rio Manso. “Queremos fazer um raio-x do rio, saber o que agride, quais são os riscos para um dos principais rios desse país, como também ver a parte de infraestrutura, recuperação de estradas, incentivo ao turismo”, resume Wilson Santos.

Entre os problemas que devem ser investigados, o deputado citou a situação do esgoto depositado no rio, a questão dos peixes e a intenção de discutir o impacto que teria a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). “Serão mais de dez reuniões ao longo desta expedição. Serão ouvidos autoridades e interessados, prefeitos, vereadores, secretários, pescadores, fazendeiros, sitiantes, chacareiros, cientistas”, adianta Santos.

“A extensão total dessa expedição é de 718 km e nós vamos inspecionar a situação de uso e ocupação das margens do rio, a situação das comunidades ribeirinhas e também registrar possíveis danos ambientais que a gente localizar”, informa o pesquisador da Universidade Federal da Mato Grosso (UFMT) e representante do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Cuiabá, Jose Álvaro da Silva.

cad5b7c25e1ef7066abb270aab91670863c5780419ad9
A jornada pretendida inclui percorrer as águas do rio da nascente à foz e deve terminar no próximo sábado (21) no encontro do rio Cuiabá com o rio São Lourenço
Foto: Ronaldo Mazza

Para o pesquisador Chico Monteiro, também conhecido como Chico Peixe, a história de um povo pode ser contada a partir do rio que margeia aquela comunidade. “A ventrecha de pacu, a mujica de pintado, o cururu, siriri foi o rio Cuiabá que nos deu. Eu entendo essa expedição como uma conscientização, para mostrar a importância [do rio], e para que o poder público entenda que tratar resíduos líquidos e sólidos é uma necessidade primária. A riqueza só existe por conta de recursos naturais”, argumenta.

A primeira reunião realizada pela comitiva foi na comunidade Padilha, de Chapada dos Guimarães. Os moradores do local apresentaram demandas em relação ao transporte e se mostraram contra a instalação de PCHs no rio Cuiabá. “Estamos um pouco isolados, já são anos que a prefeitura não arruma nossa estrada, o que nos prejudica muito. A gente precisa de atenção para conseguir plantar, colher e também o cuidado do rio para não destruir os peixes”, reclama o agricultor Valdinei da Silva. “A construção de PCHs para o povo da região não tem benefício, só prejuízo. Peixe nosso não se reproduz mais quando tem usina, já foi feito experimento que mostra isso”, conclui.

Fonte: Assembléia Legislativa do Mato Grosso

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).