O Projeto Amazônia Conectada, conduzido pelo Ministério da Defesa e coordenado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército, iniciou o lançamento de 620 km de cabos ópticos no leito do rio Negro. A liberação dos cabos ópticos, por meio fluvial, foi realizada no início de julho.

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O lançamento de verificação acontece como exercício de simulação para, posteriormente, ser realizado, a partir de Barcelos (AM), até as cidades de Santa Isabel do Rio Negro (AM) e São Gabriel da Cachoeira (AM). As estruturas serão lançadas até agosto, e ao final do estágio, o projeto somará um total de 1.820 quilômetros de fibras ópticas e nove municípios atendidos, além da capital Manaus.

O Chefe do DCT, General de Exército Guido Amin Naves, esteve no 4º Centro de Telemática de Área (4º CTA) em visita de orientação técnica referente ao projeto, acompanhou a liberação dos cabos ópticos e destacou os benefícios da ação para a população. “É um retorno à sociedade, em termos de conectividade, de inserir essas comunidades na era da informação, que é importante para o Brasil”.

O conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Moisés Queiroz Moreira, parabenizou mais uma etapa do projeto que está sendo executado pelo Exército e destacou o trabalho pioneiro de levar banda larga para a região amazônica. A Anatel executará outro projeto, com características similares, entre Manaus e Santarém, que constitui o trecho 01 do Projeto Norte conectado.

Localidades e instituições beneficiadas

O Projeto Amazônia Conectada (PAC) está presente em sete localidades do interior, ao longo das infovias do Rio Negro (Novo Airão, Vila de Moura e Barcelos) e do Rio Solimões (Iranduba, Manacapuru, Coari e Tefé), tendo sido instalados, desde 2015, aproximadamente, 1,2 mil quilômetros de cabos ópticos.

Além de proporcionar ao Exército e às demais Forças Armadas meios modernos de comando e controle, o Projeto Amazônia Conectada permite a inclusão digital de milhares de famílias nos municípios beneficiados, e contribui também para o progresso de toda a sociedade. Atualmente, 6 hospitais estão conectados à rede do PAC, usufruindo de serviços de telemedicina, inclusive com as consultas feitas com médicos do Hospital Albert Einstein, de São Paulo (SP). Ao todo, já existem 10 escolas de ensino médio, fundamental e técnico conectadas, e até final de agosto outras serão contempladas, totalizando 54 escolas conectadas.

Sobre o Projeto Amazônia Conectada (PAC)

O Projeto Amazônia Conectada (PAC) nasceu da necessidade estratégica de conectar as unidades do Exército Brasileiro na região Amazônica por meio do lançamento de cabos de fibra óptica pelos leitos dos rios, que estabelecem canais de transmissão de dados de alta velocidade seguros e confiáveis. O projeto destaca-se pelo seu caráter eminentemente dual, uma vez que os demais entes governamentais presentes na região podem associar-se ao projeto para viabilizar suas ações em benefício das populações interioranas.

No ano de 2014, um memorando de entendimento entre o Comando do Exército, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e o Governo do Estado do Amazonas marcou a formalização das primeiras ações. Em 2015, o Governo Federal criava o Projeto Amazônia Conectada, por meio de portaria interministerial envolvendo o Ministério da Defesa, o Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Destaca-se nesse trabalho a complementariedade entre os interesses da Defesa e a aplicação da rede estabelecida para a sociedade brasileira. A rede de comunicações estabelecida pelo Exército Brasileiro, buscando atingir um objetivo estratégico na área das comunicações, permite que outros órgãos da administração pública federal, estadual e municipal, possam implementar políticas públicas em localidades antes não beneficiadas, que passaram a contar com a capacidade provida pela nova infraestrutura.

Dentre a série de serviços digitais, providos por uma rede de dados de alta velocidade, oferecidos à população do interior do estado do Amazonas, merecem destaque: internet, telemedicina, universidade a distância, segurança pública, trânsito e turismo.

Fonte: Comando Militar da Amazônia
Marcelo Barros, com informações do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).