Exército e SIATT firmam contrato para produção do míssil MAX 1.2 AC

Homens posando com míssil em evento de defesa.
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Um novo capítulo na defesa terrestre brasileira foi escrito durante a LAAD 2025, no Rio de Janeiro. Em 2 de abril, a SIATT e o Exército Brasileiro celebraram a assinatura do contrato para a produção em série do míssil MAX 1.2 AC, um artefato de alta precisão e desempenho, desenvolvido com tecnologia 100% nacional. O acordo marca um avanço importante na busca pela autonomia militar estratégica.

Características técnicas e operacionais do míssil MAX 1.2 AC

O MAX 1.2 AC é um míssil superfície-superfície tático, desenvolvido para atender às necessidades operacionais do Exército Brasileiro. Projetado com tecnologia nacional pela SIATT, o armamento possui alta precisão, guiagem avançada e capacidade de ataque de precisão contra alvos estratégicos, com ogiva de ação concentrada e capacidade de destruição seletiva.

Entre os destaques técnicos, o sistema utiliza navegação inercial e guiagem terminal, com perfil de voo programável para evasão de defesas. Seu alcance efetivo o torna adequado para operações de apoio direto a tropas ou neutralização de posições inimigas de retaguarda, fortalecendo a capacidade de dissuasão do Exército.

Essa é uma solução de baixa assinatura radar, com elevada letalidade e adaptação a diferentes teatros de operação, inclusive em ambientes urbanos ou selvas tropicais. O MAX 1.2 AC representa um avanço significativo em relação aos vetores de artilharia convencional hoje em uso.

Impacto da produção nacional para a soberania e a BID

A assinatura do contrato de produção do MAX 1.2 AC representa mais que um marco tecnológico: trata-se de um passo estratégico na consolidação da Base Industrial de Defesa (BID). Com fabricação nacional, o projeto garante geração de empregos altamente qualificados, além de manter o conhecimento sensível sob controle brasileiro.

A iniciativa promove a independência em tecnologias de uso dual, fundamentais para a defesa moderna e também para aplicações civis em áreas como aeronáutica, controle de tráfego e espaço. Além disso, impulsiona o crescimento de fornecedores locais e centros de pesquisa militar e acadêmica, criando um ecossistema sustentável de inovação.

Para o Exército, trata-se de uma conquista em autonomia operacional, reduzindo a dependência externa e possibilitando o domínio completo sobre as etapas de desenvolvimento, operação e atualização de seus sistemas de armas.

Parceria SIATT–Exército como modelo de inovação no setor de defesa

A cooperação entre a SIATT e o Exército Brasileiro no desenvolvimento do MAX 1.2 AC se consolida como exemplo de sucesso da política de incentivo à inovação na defesa nacional. Fruto de investimentos de longo prazo em pesquisa, engenharia e testes, o contrato de produção formalizado na LAAD 2025 simboliza a maturidade tecnológica da indústria brasileira.

A SIATT, agora parte do grupo internacional EDGE, mantém sua sede, engenharia e linhas de produção no Brasil, garantindo que o ciclo de inovação permaneça integrado à estratégia de defesa nacional. O modelo adotado com o Exército pode servir como referência para novos projetos conjuntos com as Forças Armadas e parceiros estrangeiros, incluindo integrações com sistemas existentes e futuros.

O contrato do MAX 1.2 AC é mais que uma vitória institucional: é uma vitória da ciência, da engenharia e da visão estratégica brasileira, em um cenário internacional onde autonomia tecnológica e prontidão tática são diferenciais fundamentais.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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