Exército e órgãos ambientais destroem garimpos ilegais em RO

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No coração da Amazônia, uma operação conjunta reuniu o Exército Brasileiro e órgãos de segurança para combater crimes ambientais e transfronteiriços. No dia 15 de fevereiro de 2025, o Comando de Fronteira Rondônia/6º Batalhão de Infantaria de Selva (Cmdo Fron RO/6º BIS) atuou ao lado do ICMBio, da Polícia Ambiental e da Polícia Militar na desativação de sete garimpos ilegais na região de Abunã. A ação resultou na prisão de nove suspeitos e na destruição de acampamentos clandestinos, totalizando mais de R$ 2,2 milhões em materiais apreendidos e inutilizados.

A operação interagências e o papel do 6º BIS

A operação interagências realizada na região de Abunã faz parte dos esforços contínuos para reprimir crimes ambientais e ilícitos transfronteiriços na Amazônia. A ação contou com a coordenação do Comando de Fronteira Rondônia/6º Batalhão de Infantaria de Selva (Cmdo Fron RO/6º BIS), unidade do Exército Brasileiro especializada em operações na selva e na defesa da fronteira ocidental do país.

Além do 6º BIS, a operação envolveu o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela fiscalização ambiental, a Polícia Ambiental, que atua na proteção dos recursos naturais, e a Polícia Militar, que garantiu a segurança da operação e deu suporte nas prisões.

A complexidade da missão exigiu um planejamento detalhado, com o uso de inteligência para mapear áreas de exploração ilegal e a logística necessária para deslocar efetivos e equipamentos até as localidades de difícil acesso. O trabalho conjunto entre as instituições fortaleceu a efetividade da ação, garantindo que os garimpos fossem desativados sem incidentes e com significativo impacto para a repressão ao crime ambiental na região.

Impacto da operação: prisões e apreensões

A ação na região de Abunã resultou na desativação de sete garimpos ilegais, locais onde a extração mineral ocorre sem qualquer controle ambiental ou autorização legal. Durante a operação, foram realizadas nove prisões de suspeitos envolvidos na atividade clandestina, incluindo operadores de máquinas e responsáveis pelos acampamentos.

Além das detenções, foram destruídos e apreendidos diversos equipamentos utilizados na mineração ilegal, como:

  • Motores e bombas d’água para extração de minérios
  • Estruturas de acampamentos clandestinos
  • Ferramentas utilizadas no processamento do ouro
  • Insumos químicos altamente poluentes, como mercúrio

O prejuízo estimado para os criminosos ultrapassa R$ 2,2 milhões, considerando os equipamentos inutilizados e a interrupção da atividade ilegal. A destruição dos acampamentos e do maquinário inviabiliza o retorno imediato da exploração na área, dificultando a reincidência dos crimes ambientais.

O combate ao garimpo ilegal e a segurança da Amazônia

O garimpo ilegal é um dos principais desafios ambientais e de segurança na Amazônia. A atividade provoca desmatamento, contaminação de rios e solo, além de estar frequentemente associada a trabalho escravo, tráfico de drogas e grupos criminosos que exploram os recursos naturais de forma predatória.

O uso de substâncias como o mercúrio, utilizado para separar o ouro de outros materiais, tem um impacto devastador nos ecossistemas aquáticos, contaminando a fauna e representando um risco à saúde das comunidades ribeirinhas e indígenas.

Além dos danos ambientais, a mineração ilegal também ameaça a soberania nacional, pois muitas dessas atividades são financiadas por organizações criminosas que operam em áreas de difícil acesso. O Exército Brasileiro, por meio do 6º BIS e outras unidades de fronteira, desempenha um papel fundamental na fiscalização e repressão desses crimes, garantindo que a região permaneça sob controle do Estado.

As operações interagências, como a realizada em Abunã, demonstram a importância da cooperação entre as Forças Armadas e os órgãos de fiscalização ambiental e segurança pública. A continuidade dessas ações é essencial para reduzir os impactos do garimpo ilegal, fortalecer a proteção das áreas preservadas e garantir a aplicação da lei nas fronteiras brasileiras.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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