Exército e INPA unem forças por pesquisa na Amazônia

Workshop no Comando Militar da Amazônia com INPA.
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No coração da floresta, ciência e defesa se encontram por um bem maior: o conhecimento da Amazônia. O Comando Militar da Amazônia (CMA) sediou o workshop do Projeto Tsiino Hiiwiida, promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). A iniciativa, parte do programa Amazônia +10, reuniu pesquisadores de oito estados em busca de soluções sustentáveis para o maior bioma do país, com apoio logístico essencial das Forças Armadas.

Caminhos abertos pela Defesa para a ciência avançar

A Amazônia impõe desafios logísticos únicos — vastidão territorial, baixa densidade demográfica, meios de acesso restritos. É nesse contexto que a participação do Comando Militar da Amazônia se torna decisiva. O CMA oferece apoio aéreo, fluvial e terrestre, assegurando que equipamentos, amostras e pesquisadores cheguem aos locais mais remotos com segurança e eficiência.

Palestrante militar apresenta a grupo em sala corporativa.

Esse suporte logístico foi um dos pilares destacados durante o workshop realizado em Manaus, reforçando a sinergia entre a missão militar de proteger o território nacional e a missão científica de compreender e preservar a floresta. Como afirmou o General Calderaro: “A defesa nacional também passa pelo domínio do conhecimento.” Essa aliança mostra que a soberania territorial e a soberania científica caminham juntas.

Ciência e saberes indígenas: uma aliança sustentável

O Projeto Tsiino Hiiwiida, que significa “conhecimento e floresta” em língua indígena, é mais do que uma proposta acadêmica. Ele incorpora a sabedoria dos povos tradicionais como parte fundamental da construção científica. Representantes indígenas participaram do workshop e reforçaram que proteger a floresta é também proteger seus guardiões ancestrais.

Para o diretor do INPA, Henrique Pereira, essa conexão é essencial: “Não podemos proteger um patrimônio sem conhecê-lo. O apoio do CMA e das comunidades indígenas permitirá que a ciência avance.” A interação entre pesquisa técnica e vivência tradicional fortalece a base de dados sobre biodiversidade, clima e ecossistemas locais, promovendo um modelo de ciência colaborativa e inclusiva.

Conhecimento, proteção e soberania

A união entre INPA e CMA representa uma estratégia de Estado para a Amazônia: fortalecer a presença nacional por meio da ciência, defesa e sustentabilidade. No contexto da Iniciativa Amazônia +10, que integra universidades e instituições de todo o país, o Projeto Tsiino Hiiwiida se destaca por traduzir essa missão em ação concreta no território.

A floresta amazônica é um ativo estratégico para o Brasil — e sua proteção passa pela capacidade de gerar conhecimento, integrar tecnologias e respeitar culturas locais. A cooperação entre militares, cientistas e indígenas sinaliza que o futuro da Amazônia exige união de forças, visão de longo prazo e presença permanente do Estado brasileiro em todas as suas dimensões.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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