Exército Brasileiro intensifica tropas e equipamentos no combate às queimadas em sete estados do país

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O Exército Brasileiro mobilizou tropas e equipamentos especializados para atuar na linha de frente do combate às queimadas em sete estados: Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Pará, Rondônia e São Paulo. As operações, que envolvem quatro Comandos Militares de Área, contam com a participação de centenas de militares e são realizadas em parceria com agências governamentais, reafirmando o compromisso das Forças Armadas com a preservação ambiental e a segurança nacional.
Operações do Exército nos sete estados afetados pelas queimadas
A mobilização do Exército para o combate às queimadas nos sete estados brasileiros demonstra sua capacidade de resposta rápida e coordenação com outras agências. No Amazonas, as tropas atuam em áreas de difícil acesso, protegendo a biodiversidade da floresta tropical. Já no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a Operação Pantanal II mobiliza o Comando Conjunto Pantanal, que, em mais de 80 dias de operações, já lançou mais de 1 milhão de litros de água sobre as chamas. Em São Paulo, no final de agosto, o Exército contribuiu significativamente para o controle dos incêndios no interior do estado, com destaque para a região de Ribeirão Preto.
O Pará, Tocantins e Rondônia também estão sob atenção especial das tropas, que têm como missão proteger áreas sensíveis, como a Terra Indígena Mãe Maria, no sudeste do Pará, e a Ilha do Bananal, em Tocantins. Em Rondônia, o Comando Militar da Amazônia (CMA) expandiu o apoio logístico, coordenando transporte de brigadistas e equipamentos essenciais para áreas críticas. Cada uma dessas regiões apresenta desafios próprios, como terrenos acidentados, áreas florestais densas e, em muitos casos, incêndios criminosos. Ainda assim, as Forças Armadas, com o apoio de caminhões-pipa, helicópteros e tratores, têm enfrentado as adversidades com determinação.
A importância da atuação do Exército no combate a queimadas
A presença do Exército no combate às queimadas transcende a simples resposta emergencial. Em consonância com suas atribuições constitucionais, a Força atua em ações subsidiárias que garantem a segurança ambiental e a preservação da vida. Trabalhando em conjunto com o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, e outras agências, o Exército reforça a sua capacidade de prestar apoio logístico e operacional em áreas onde a estrutura civil não é suficiente.
A atuação direta dos militares inclui, além do combate às chamas, a busca e salvamento de pessoas e animais, especialmente em regiões de difícil acesso. Em Mato Grosso, por exemplo, um tamanduá e uma anta foram resgatados de áreas em chamas pelo Exército, demonstrando o compromisso das tropas com a proteção da fauna. O uso de equipamentos especializados, como caminhões-pipa e veículos de transporte, garante que as operações possam ser realizadas de forma mais eficiente, com as tropas assegurando que o impacto das queimadas seja o menor possível, tanto para as pessoas quanto para o meio ambiente.
Essa cooperação também fortalece a prontidão das Forças Armadas para situações futuras, garantindo que o Exército esteja sempre preparado para responder a emergências de grande escala, seja na preservação de áreas ambientais estratégicas, como a Amazônia, ou no apoio a comunidades locais.
Exemplos de sucesso nas operações: Operação Pantanal II, Tocantins e outros casos
Um dos maiores exemplos de sucesso nas operações de combate às queimadas é a Operação Pantanal II, que atua desde 27 de junho nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Com a mobilização de cerca de 500 militares diariamente, a operação já registrou mais de 1 milhão de litros de água lançados sobre as áreas afetadas, além de prestar apoio logístico aos brigadistas. O Exército, junto com a Marinha e a Força Aérea, conseguiu controlar boa parte dos focos de incêndio que ameaçavam o Pantanal, uma das maiores áreas úmidas do mundo e um ecossistema crucial para a biodiversidade do Brasil.
No Tocantins, a Operação Tocantins também tem se destacado pelo envolvimento de 190 militares que trabalham na preservação de áreas sensíveis, como a Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, localizada entre os rios Araguaia e Javaés. A biodiversidade da região está sob constante ameaça devido às queimadas, e a atuação das tropas tem sido vital para conter a destruição. O emprego de batalhões especializados, como o 22º Batalhão de Infantaria Mecanizado e o 50º Batalhão de Infantaria de Selva, mostra a expertise das tropas no enfrentamento de incêndios florestais em áreas de selva e cerrado.
No Pará, a atuação da 23ª Brigada de Infantaria de Selva tem sido essencial no combate aos focos de incêndio na Terra Indígena Mãe Maria, onde o Exército colabora com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil. As operações na Amazônia também se intensificaram em Rondônia, especialmente nas áreas dos Parques Nacional Mapinguari e Estadual de Guajará-Mirim, ambos de extrema relevância ecológica. A rápida mobilização e o apoio logístico oferecido pela 17ª Brigada de Infantaria de Selva, do Comando Militar da Amazônia, garantem que as operações alcancem as áreas mais remotas, preservando tanto a fauna quanto a flora locais.
Por fim, em São Paulo, os esforços concentrados do Exército no controle de queimadas no interior do estado, especialmente na região de Ribeirão Preto, foram cruciais para proteger o setor sucroalcooleiro, que desempenha um papel importante na economia do país. O aumento do número de focos de incêndio, contabilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), exigiu uma rápida e coordenada resposta, que contou com a colaboração das tropas do Comando Militar do Sudeste.
Esses exemplos reforçam a eficiência e o compromisso do Exército Brasileiro na defesa do meio ambiente e da população, atestando sua capacidade de mobilização e cooperação com outras forças e agências no enfrentamento das queimadas.
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