Com uma solenidade ao ar livre no centro da cidade histórica da Lapa-PR, o Exército e a prefeitura municipal homenagearam, nesta quarta-feira dia 9 de fevereiro de 2022, os feitos memoráveis dos heróis do Cerco da Lapa, episódio sangrento que marcou a história do Paraná e do Brasil há 128 anos.
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O evento, que não ocorria desde 2019, reuniu militares, autoridades locais e demais lapeanos em frente ao Panteão dos Heróis. O monumento guarda os restos mortais dos Generais Gomes Carneiro e Sisson, dos Coronéis Dulcídio e Lacerda e de tantos outros combatentes que lutaram contra os federalistas em prol da República.
“São 128 anos do Cerco da Lapa. Temos que lembrar isso com o maior carinho, é a chama viva de um momento histórico do nosso município e do Brasil”, destacou o prefeito da Lapa, Diego Ribas (PSD).
A formatura foi organizada pelo 15ª Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado. O Comandante da 5ª Divisão de Exército (5ª DE), General de Divisão Fábio Benvenutti Castro, marcou presença e reverenciou a data:
“As tradições do município da Lapa se confundem com a República do Brasil. Elas mantiveram a legalidade. A Lapa tem esse significado. É um bom exemplo do passado, cujas tradições são e serão sempre preservadas pelo Exército Brasileiro”.
No final da solenidade, que foi realizada com uniformes históricos e contou com a presença de alguns descendentes de familiares dos heróis da Lapa, foram premiados alunos de escolas locais que participaram de um concurso de redação sobre o tema. A primeira colocada foi a aluna Isabela Kucla Pontarolo, Paulo Henrique Scholz ficou em segundo lugar, com Lavínia Maria Augustinhak em terceiro.
A história do Cerco
A Revolução Federalista começou no Sul do Brasil e pretendia derrubar o Governo do presidente Marechal Floriano Peixoto. Os revolucionários queriam passar pela Lapa para acabar com qualquer foco de resistência e seguir para o Rio de Janeiro, mas foram surpreendidos pela coragem do povo lapeado e pelos guerreiros comandados pelo General Gomes Carneiro.
Foram 26 dias de lutas entre maragatos e pica-paus no período entre meados de janeiro e início de fevereiro de 1894, situação que acabou frustrando os planos dos federalistas. Apesar da vitória na Lapa, eles perderam homens e tempo, e não conseguiram chegar à Capital. Os heróis lapeanos defenderam a República com o sacrifício da própria vida, como o General Gomes Carneiro, que morreu em combate dia 9 de fevereiro, data lembrada até hoje nas homenagens ao episódio histórico.