Esquadra da Marinha do Brasil realiza treinamento de combate com armamento real

Foto: 1SG-EF R. Ferreira
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A Marinha do Brasil (MB) iniciou o ano com mais um importante exercício de combate. Entre os dias 15 e 20 de fevereiro, a Força conduziu a Operação “Lançamento de Armas I/2025”, no litoral do Rio de Janeiro, reunindo navios, aeronaves e destacamentos especializados para o emprego de armamento real. Durante a atividade, foram realizados disparos de mísseis Ar-Superfície (MAS) Penguin e tiros de canhões de 4,5 polegadas, garantindo o adestramento contínuo dos militares e a prontidão da Esquadra para a defesa da soberania nacional.

A importância da Operação “Lançamento de Armas” para a Marinha do Brasil

Foto: 3SG-SC Jéssica Rosa

A Operação “Lançamento de Armas” é um dos exercícios mais importantes da Marinha do Brasil, pois permite o aperfeiçoamento técnico e tático dos militares e o aprimoramento dos sistemas de armas da Esquadra. Realizada regularmente, essa atividade assegura que a MB esteja preparada para garantir a soberania nacional nas Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB).

De acordo com o Contra-Almirante Jorge José de Moraes Rulff, Comandante da 2ª Divisão da Esquadra e do Grupo-Tarefa da Operação, esse tipo de exercício é fundamental para manter o alto nível de prontidão da Força Naval:

“Todo ‘Lançamento de Armas’ é essencial para incrementar o adestramento dos meios navais e aeronavais da nossa Esquadra. Em 2024, realizamos cinco operações dessa natureza e esta é a primeira de 2025.”

A operação foi planejada com base em uma situação tática fictícia, alinhada às diretrizes da Política Nacional de Defesa (PND), Estratégia Nacional de Defesa (END), Plano Estratégico da Marinha (PEM-2040) e outros documentos de alto nível.

Meios empregados e principais exercícios realizados

Para a realização da Operação “Lançamento de Armas I/2025”, a Marinha mobilizou diversos meios navais e aeronavais, que participaram ativamente das manobras e exercícios de emprego de armamento real. Entre os meios envolvidos estavam:

  • Navios: Fragatas “União”, “Defensora” e “Independência”, além do Navio-Doca Multipropósito (NDM) “Bahia” e do Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC) “Almirante Saboia”;
  • Aeronaves: helicópteros SH-16 “Seahawk”, AH-11B “Super Lynx” e UH-12 “Esquilo”;
  • Destacamento de Mergulhadores de Combate, especializados em operações navais de alta complexidade.

O treinamento teve início no dia 15 de fevereiro, quando a Fragata “União” desatracou em direção à área de operação. No dia 17, a Fragata “Defensora”, onde estava embarcado o Comandante do Grupo-Tarefa, iniciou seu deslocamento junto aos demais navios.

Entre os principais exercícios realizados, destacam-se:

  • Lançamento de mísseis Ar-Superfície (MAS) Penguin, disparados por helicópteros SH-16 “Seahawk” a partir do NDM “Bahia” e do NDCC “Almirante Saboia”, atingindo e destruindo os alvos conforme planejado;
  • Tiros com canhões de 4,5 polegadas das fragatas, utilizados contra alvos na superfície marítima e em terra para Apoio de Fogo Naval;
  • Qualificação de pilotos e treinamento de operações aéreas a bordo, visando aprimorar as capacidades de pouso, decolagem e reabastecimento das aeronaves em alto-mar.

O emprego de armamento real demanda um alto grau de comprometimento e precisão, exigindo o máximo de concentração dos militares envolvidos.

O impacto do treinamento na prontidão operacional da Esquadra

Foto: Segundo-Tenente Serra

O sucesso da Operação “Lançamento de Armas I/2025” demonstra a importância do treinamento contínuo para a manutenção da capacidade de combate da Marinha do Brasil. Os exercícios permitiram que as tripulações dos navios e aeronaves aprimorassem suas habilidades em operações táticas, controle de avarias e execução de ataques coordenados.

Além do aprimoramento técnico, a operação seguiu rigorosos protocolos de segurança e preservação ambiental, garantindo que os exercícios fossem conduzidos sem impactos negativos ao meio ambiente.

Segundo o Contra-Almirante Rulff, a missão foi concluída com êxito:

“Todos os lançamentos de armas previstos foram realizados e bem-sucedidos. Esse treinamento reforça a letalidade do Poder Naval brasileiro e garante que nossa Esquadra esteja pronta para qualquer cenário operacional.”

A Marinha do Brasil segue investindo no adestramento de seus meios e pessoal, reafirmando seu compromisso com a defesa da Pátria e a segurança das águas nacionais.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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