Esquadra Brasileira celebra 202 anos de tradição e força

Imagem: Marinha do Brasil
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A brisa que inflava a bandeira nacional em 1822, a bordo da Nau “Pedro I”, foi o sopro de partida para a trajetória de uma das instituições mais importantes para a defesa do Brasil: a Esquadra da Marinha. Completando 202 anos, a Esquadra reflete o compromisso com a soberania e segurança do País, avançando em tecnologia para proteger os interesses nacionais.

Origens e Tradição da Esquadra Brasileira

A história da Esquadra da Marinha do Brasil começa em um momento decisivo para a nação. Em 10 de novembro de 1822, pouco após a independência do Brasil, a bandeira nacional foi hasteada pela primeira vez em um navio de guerra brasileiro, a Nau “Pedro I”, dando início a uma trajetória dedicada à defesa dos interesses do país. Inicialmente chamada de Nau “Martim de Freitas”, a embarcação foi rebatizada em homenagem ao imperador, simbolizando o nascimento da Marinha e a força naval brasileira.

A Esquadra teve papel crucial em batalhas que consolidaram a independência e garantiram a integridade do território. Ao longo dos anos, tornou-se guardiã dos valores de honra e disciplina, fundamentais na formação dos marinheiros e na construção da identidade da Marinha. Cada navio, missão e conquista é carregado do orgulho pela tradição iniciada há 202 anos, e hoje a Esquadra segue firme em sua vocação de defender a pátria e proteger as riquezas marítimas do país.

A Modernização e os Avanços Tecnológicos

Embora enraizada na tradição, a Esquadra Brasileira tem apostado firmemente na inovação para se manter pronta frente aos desafios contemporâneos. Com apoio da Base Industrial de Defesa, a Marinha investe na modernização de seus recursos bélicos, fortalecendo sua frota e incorporando tecnologias de ponta. Projetos estratégicos como o Programa de Submarinos (PROSUB) elevam a capacidade de dissuasão do país, e a construção do primeiro submarino de propulsão nuclear do Brasil é um marco nesse sentido, alçando o país a um seleto grupo de nações com essa tecnologia.

As fragatas da Classe Tamandaré também integram essa nova fase da Esquadra, com previsão de entrega das primeiras unidades nos próximos anos. Essas embarcações, equipadas com armamentos modernos e tecnologia de monitoramento avançada, são desenvolvidas em parceria com empresas nacionais e estrangeiras, fomentando o desenvolvimento da indústria nacional. Além disso, a Marinha vem fortalecendo seu setor de defesa cibernética e sistemas de vigilância marítima, essenciais para garantir o controle e segurança das águas brasileiras, que abrigam uma das mais extensas áreas de recursos naturais do mundo.

Missões e Desafios da Esquadra no Século XXI

A missão da Esquadra vai além da defesa das águas territoriais: ela assume papel de destaque na manutenção da segurança do Atlântico Sul, região estratégica para o comércio internacional e para a soberania do Brasil. Operações de patrulha e combate ao tráfico de ilícitos são realizadas regularmente pela Esquadra, garantindo a segurança nas rotas comerciais e colaborando para a paz no litoral e mar brasileiro. Além disso, a Marinha participa de missões de paz e cooperação internacional, reforçando a imagem do Brasil como um país pacífico, mas atento às questões de segurança global.

Com a constante preocupação com o futuro, a Esquadra está cada vez mais alinhada com práticas de sustentabilidade, promovendo operações com menos impacto ambiental e preservando os ecossistemas marinhos. A Marinha Brasileira enxerga nos próximos anos uma oportunidade de consolidar-se como uma força ainda mais preparada e moderna, capaz de defender o patrimônio e a soberania do país com eficiência e respeito às novas demandas ambientais.

Assim, ao completar 202 anos, a Esquadra da Marinha do Brasil renova seu compromisso com a nação, mantendo-se fiel aos valores que guiaram seus primeiros passos e ampliando suas capacidades para enfrentar os desafios do século XXI.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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