A maioria das pessoas, senão todas, já tiveram a estranha sensação de estarem sendo “observadas” pelo celular. Isso se comprova quando pesquisamos algo e logo diversos anúncios e sugestões sobre o tema começam a aparecer. Embora isso seja parte de um tipo de “truque” de marketing para direcionar publicidade às nossas redes sociais, a invasão acaba ferindo a nossa privacidade.

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Com o avanço da tecnologia de inteligência artificial nos dispositivos, chegou o assistente virtual, que te auxilia por voz. No iPhone, temos a famosa Siri que, inclusive, conversa com você de forma bem humorada. Algumas de suas respostas já chegaram a viralizar na internet.

Já no Android, cada celular tem seu assistente, em um Samsung, por exemplo, temos a Bixby. O Google Assistente é outro bem conhecido e utilizado, ao dizer a frase “Ok, Google” a plataforma traz todas as possíveis respostas e pesquisas sobre o assunto solicitado.

O problema é que mesmo desligando esses recursos, nossos aparelhos continuam oferecendo informações que não pedimos, o que muitas vezes assusta. De acordo com especialistas em privacidade digital da NordVPN, provedor líder de rede privada virtual, é possível testar seu telefone para saber se ele está te ouvindo. Para isso, siga as dicas abaixo.

Como saber se o seu smartphone está te ouvindo?

Para descobrir se o seu dispositivo está bancando o espião e ouvindo suas conversas, você terá que preparar um tipo de “armadilha” para ele.

  • Escolha um tema que não tenha nada a ver contigo. É preciso ter certeza que seja um assunto do qual você nunca falou;
  • Não use seu telefone ou qualquer outro dispositivo próximo a você para fazer buscas sobre o tema escolhido;
  • Defina uma lista de palavras-chave sobre o tópico;
  • Converse sobre o tema em voz alta perto do seu celular. Use as palavras-chave definidas para que um mecanismo de busca seja acionado. Repita a conversa por alguns dias.

Armadilha pronta! Se o seu smartphone começar a sugerir anúncios no seu feed de notícias das redes sociais ou durante outras pesquisas em navegadores você terá a certeza de que seu celular está te ouvindo.

Por que nossa privacidade é invadida?

O que acontece é que, ao baixarmos aplicativos, não nos atentamos aos Termos e Condições enormes, clicando apenas em concordar. Assim como a maioria dos contratos, existem entrelinhas que, por não revisarmos, deixamos passar.

O entusiasta da segurança da Internet e especialista em privacidade digital da NordVPN, Daniel Markuson, alerta para a importância da leitura e revisão dessas permissões.

“Depois que o acesso é concedido, o aplicativo pode fazer o que quiser com esses dados”, diz Markuson.

“Portanto, crie uma rotina para revisar as permissões de aplicativos do seu telefone e pense duas vezes antes de concordar com as demandas de um aplicativo”, orienta.

Segundo o profissional, apps podem acessar seu microfone sem qualquer motivo aparente, permitindo que agências espionem suas atividades em segundo plano e coletem dados. Markuson ainda menciona algumas dicas para manter sua privacidade:

  • Verifique configurações e tenha certeza de que os apps estão autorizados a usarem recursos suficientes para fazer o trabalho proposto;
  • Limpe suas atividades;
  • Desative a gravação de áudio e assistentes;
  • Instale uma rede privada virtual (VPN) para mascarar seu IP e criptografar o tráfego do seu celular.

Fonte: Olhar Digital e 9News

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).