Três Corações (MG) – A Escola de Sargentos das Armas recebeu da Secretaria Geral do Exército uma réplica da Espada Invicta de Caxias, arma utilizada pelo Patrono do Exército Brasileiro nas campanhas que o consagraram na história do Brasil. A réplica ficará em exposição no espaço cultural Duque de Caxias.

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Adquirida pelo então Barão de Caxias em 1841, a espada o acompanhou nas campanhas de pacificação das revoltas liberais em Minas Gerais e São Paulo; na pacificação da revolução Farroupilha; nas batalhas da Guerra do Prata; e na Guerra da Tríplice Aliança. Essa espada foi a mesma que Caxias ergueu para inflamar as tropas brasileiras na histórica Batalha de Itororó, na Guerra da Tríplice Aliança.

Até chegar ao relicário do Instituto de História e Geografia do Brasil (IHGB), a arma percorreu interessantes caminhos. Foi doada em testamento  ao Brigadeiro João de Souza da Fonseca Costa, que, como primeiro-tenente, fora o Ajudante de Ordens de Caxias na guerra contra Oribe e Rosas e, mais tarde, como coronel, fora Chefe do seu Estado-Maior na Campanha da Tríplice Aliança.

Em 1925, a relíquia foi doada ao IHGB, que detém sua guarda até os dias de hoje. Desde que passou aos cuidados do Instituto, a espada de Caxias havia sido retirada de seu relicário apenas por cinco vezes.

A primeira ocorreu em 1939 no Realengo, e se deveu à iniciativa do então Major Jonas Correia Neto. Foi a espada posicionada, em solenidade de rara grandiosidade, defronte do Corpo de Cadetes, formado, e ao lado da espada do General San Martin trazida pela representação da Escola Militar da Argentina em visita ao Brasil.

Posteriormente, ela foi trazida na Academia Militar das Agulhas Negras, em 1978, em homenagem ao Presidente da República General João Figueiredo, o primeiro ex detentor do Espadim de Caxias a atingir a Presidência da República.  e, em 1980, no centenário de morte do Duque de Caxias.

Finalmente, em 2021 e 2022, a espada esteve presenta nas comemorações do Dia do Soldado, no Quartel General do Exército.

A Espada Invicta é a perenização da imagem do Duque de Caxias. Foi o instrumento com o qual o Duque cumpriu sua missão de liderança e tornou-se o Pacificador. É uma espada invicta, uma vez que, com ela, o Duque jamais perdeu uma batalha.

Arma de combate com 92 cm de comprimento, possui punho liso e branco de marfim ou osso. A cruzeta, em metal dourado, mede cerca de 15 cm e possui, no seu centro, a face esculpida de um leão, e, nas abas laterais, dragões que simbolizam a Casa de Bragança. Na lâmina, estão lavrados florões e motivos fitomórficos e militares, uma coroa, uma panóplia com troféus de guerra, o brasão imperial e a inscrição “Duque de Caxias”.

A réplica que agora ostenta a Escola de Sargentos das Armas foi fruto dos esforços envidados pela Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército e pelo Departamento de Educação e Cultura do Exército. A Escola de Sargentos das Armas Agradece as instituições envolvidas no processo de doação e augura fazer jus de tão grandiosa deferência.

Fonte: Escola de Sargentos das Armas

Marcelo Barros, com informações do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).