Escola de Guerra Naval se consolida como referência em estudos marítimos no Brasil

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Com uma trajetória de sucesso na capacitação de civis e militares, a Escola de Guerra Naval (EGN) segue se consolidando como referência em estudos marítimos no Brasil. Em 2024, a instituição ampliou sua oferta de cursos de pós-graduação, incluindo especializações e extensões voltadas para temas estratégicos como economia do mar, direito marítimo e segurança internacional. Além disso, parcerias acadêmicas nacionais e internacionais têm fortalecido ainda mais a excelência da pesquisa na área.

A ampliação dos cursos de pós-graduação na EGN

O ano de 2024 marcou uma importante expansão na oferta de cursos de pós-graduação na Escola de Guerra Naval. Além do já consolidado Curso de Especialização em Direito Marítimo, a instituição introduziu quatro novos cursos de extensão: Direito Internacional Humanitário, Direito do Mar, Oceano Política Corrente e Economia do Mar.

Cada uma dessas formações tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre temas essenciais para a segurança e o desenvolvimento marítimo do Brasil. O Curso de Direito Internacional Humanitário, por exemplo, explora as regras aplicáveis ao uso da força em conflitos armados, operações de paz e crises internacionais. Já o Curso de Direito do Mar aborda os aspectos jurídicos da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, enquanto o Curso de Oceano Política Corrente analisa a importância geopolítica dos oceanos no cenário global.

Entre os novos cursos, o de Economia do Mar se destacou pela grande procura e pelo perfil diversificado dos alunos, que incluiu desde graduandos até doutores da área. Segundo o Contra-Almirante José Luiz Ferreira Canela, Superintendente de Pesquisa e Pós-Graduação da EGN, essa foi uma iniciativa pioneira no Brasil:

“Não havia um curso de extensão nessa temática no âmbito nacional, e a EGN tomou a dianteira ao criar essa formação. Tivemos uma turma bastante eclética e debates muito enriquecedores, o que demonstra a relevância do tema para o desenvolvimento do país.”

Para 2025, a Escola de Guerra Naval planeja expandir ainda mais suas iniciativas acadêmicas, com novos cursos voltados para a difusão da mentalidade marítima e a qualificação de profissionais para atuar no setor.

Parcerias acadêmicas e intercâmbio de conhecimento

A busca pela excelência acadêmica na EGN passa pelo fortalecimento das parcerias com instituições nacionais e internacionais. A escola mantém cooperação com universidades brasileiras como a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

No cenário internacional, destacam-se as colaborações com a Universidade de Lisboa, o Instituto de Ciências Sociais e Políticas de Portugal, o Colégio Interamericano de Defesa dos Estados Unidos e o King’s College London, no Reino Unido. Essas parcerias permitem a troca de experiências, a realização de pesquisas conjuntas e a qualificação de docentes e discentes por meio de cursos e estágios no exterior.

Segundo o Contra-Almirante Canela, essa interação é essencial para manter a EGN alinhada às melhores práticas acadêmicas globais:

“A internacionalização do programa de pós-graduação permite que nossos docentes e alunos tenham acesso a novas perspectivas e metodologias, evitando a endogenia acadêmica. Além disso, oferecemos bolsas para doutorado sanduíche, possibilitando que nossos pesquisadores aprofundem seus estudos em instituições estrangeiras de referência.”

A presença de alunos estrangeiros nos cursos de mestrado e doutorado da EGN também faz parte dessa estratégia de internacionalização, tornando a escola um polo de estudos marítimos reconhecido fora do Brasil.

O impacto da EGN na pesquisa e no desenvolvimento marítimo do Brasil

A Escola de Guerra Naval tem desempenhado um papel fundamental na produção de conhecimento sobre o mar e sua importância estratégica para o Brasil. O Programa de Pós-Graduação em Estudos Marítimos (PPGEM), que completou 10 anos em 2024, já formou mais de 200 mestres e 15 doutores, muitos dos quais desenvolveram pesquisas aplicadas a setores como indústria naval, comércio marítimo, segurança e defesa.

Os impactos desse trabalho vão além do meio acadêmico. Estudos realizados no âmbito do PPGEM influenciaram políticas públicas, como a formulação da legislação de incentivo à economia do mar no estado do Rio de Janeiro e a revisão da Política Marítima Nacional. Além disso, diversas dissertações e teses deram origem a livros e artigos publicados em periódicos de prestígio, ampliando o alcance da pesquisa produzida na instituição.

O Capitão de Mar e Guerra André Pano Beirão, coordenador do PPGEM, destaca o crescimento do programa e suas perspectivas para os próximos anos:

“O programa se consolidou como um centro de referência em estudos marítimos no Brasil, atraindo profissionais de diversas áreas e promovendo pesquisas inovadoras. Nossa meta para a próxima década é continuar expandindo nossas linhas de pesquisa e fortalecer ainda mais a conexão entre academia, setor produtivo e políticas públicas.”

Com um corpo discente majoritariamente civil (cerca de 80% dos alunos), a EGN reforça sua missão de aproximar a sociedade das questões marítimas e ampliar o conhecimento sobre o papel estratégico do mar para o desenvolvimento nacional.

Para aqueles interessados em ingressar no programa, a Escola de Guerra Naval disponibiliza editais de seleção em seu site oficial e nas redes sociais, oferecendo oportunidades para mestrado, doutorado, pós-doutorado e cursos de especialização e extensão.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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