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Escola de Guerra Naval destaca Amazônia Azul em workshop da FGV Energia

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No dia 5 de agosto, a Escola de Guerra Naval (EGN) marcou presença no workshop de lançamento do Caderno “Geopolítica da Energia de Baixo Carbono e seus Impactos para a Transição Energética do Brasil”, promovido pela FGV Energia. O evento, que contou com a participação de autoridades e representantes do setor de energia, foi uma oportunidade para discutir a complexidade da geopolítica energética e os desafios da transição para uma matriz de baixo carbono no Brasil.

Abertura do Evento e Participação da EGN

O workshop começou com a abertura oficial realizada pelo Presidente da Fundação Getulio Vargas (FGV), Carlos Ivan Simonsen Leal. Em seu discurso, ele enfatizou a importância da discussão sobre energia de baixo carbono e como essa transição energética é crucial para o futuro do Brasil e do mundo. A fala de abertura preparou o terreno para uma série de palestras e painéis técnicos que viriam a seguir.

Em seguida, o Vice-Almirante Gustavo Calero Garriga Pires, Diretor da Escola de Guerra Naval (EGN), fez uma preleção destacando os interesses estratégicos ligados aos mares brasileiros. Ele mencionou com entusiasmo que a mais recente versão de mapas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) incluiu, pela primeira vez, a Amazônia Azul. Esse reconhecimento reforça a necessidade de proteção e vigilância constante das riquezas marítimas brasileiras, especialmente em um cenário global de antagonismos bem demarcados. Sua apresentação sublinhou a importância da EGN no contexto geopolítico atual e a relevância dos mares para a segurança nacional.

Exposição dos Objetivos e Resultados do Caderno

A pesquisadora Luiza Guitarrari conduziu a exposição dos objetivos e resultados do Caderno “Geopolítica da Energia de Baixo Carbono e seus Impactos para a Transição Energética do Brasil”. Em sua apresentação, Luiza destacou que a publicação visa agregar uma contribuição valiosa às discussões sobre energia, geopolítica, economia, direito e áreas afins. Ela ressaltou que o estudo demonstra a crescente complexificação do Sistema Internacional e as relações de poder entre os Estados.

O Caderno foi concebido para ser uma ferramenta de referência para policymakers, acadêmicos e profissionais do setor de energia, fornecendo análises detalhadas sobre como a transição para uma matriz energética de baixo carbono pode impactar o Brasil. A apresentação de Luiza deixou claro que a publicação é um esforço multidisciplinar para entender e antecipar os desafios e oportunidades que surgem dessa transição, buscando posicionar o Brasil de forma vantajosa no cenário global.

Painéis Técnicos e Discussões Estratégicas

Após a exposição dos objetivos do Caderno, o evento prosseguiu com dois painéis técnicos que aprofundaram as discussões sobre a geopolítica da energia de baixo carbono e seus impactos. O primeiro painel, intitulado “Novas Dinâmicas na Geopolítica de Baixo Carbono”, trouxe à tona as mudanças emergentes no cenário global energético e como essas dinâmicas influenciam as políticas nacionais e internacionais. Especialistas discutiram as tendências atuais e futuras, bem como as estratégias que os países estão adotando para se adaptar a um mundo com menor dependência de combustíveis fósseis.

O segundo painel, “Rearranjo na Ordem Global e Impactos à Transição Energética Brasileira”, focou nas implicações específicas para o Brasil. Durante este painel, o Capitão de Mar e Guerra (RM1) Leonardo Mattos, Professor de Geopolítica da EGN, palestrou sobre as “Disputas Hegemônicas e o Papel do Brasil”. Ele abordou como as disputas de poder entre grandes nações afetam a posição estratégica do Brasil e a necessidade de uma política energética que leve em conta tanto a segurança nacional quanto a sustentabilidade ambiental.

Esses painéis não só forneceram insights valiosos sobre os desafios e oportunidades da transição energética, mas também enfatizaram a importância de um planejamento estratégico que considere as complexas interações entre geopolítica, economia e sustentabilidade. A participação da EGN no evento mostrou o compromisso da instituição em contribuir para debates cruciais que moldam o futuro do Brasil.

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