A defesa naval do Brasil e a proteção da imensidão azul que circunda o país estão cada vez mais no centro das atenções devido aos avanços tecnológicos e à importância estratégica do território marítimo nacional. Recentemente, um evento significativo ocorreu em Itajaí, Santa Catarina, destacando o papel crucial da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON) e a colaboração contínua entre as forças armadas e a indústria de defesa.

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Visita de autoridades à EMGEPRON

No dia 26 de abril, a EMGEPRON recebeu a visita de figuras notáveis, incluindo o Secretário-Geral do Ministério da Defesa, Luiz Henrique Pochyly, e a Secretária de Coordenação das Estatais, Elisa Vieira Leonel. A visita começou com uma apresentação pelo Diretor de Gestão de Programas da Marinha, Contra-Almirante Carlos Roberto Rocha e Silva Junior, que detalhou a situação atual dos meios navais e as perspectivas para a manutenção de uma esquadra moderna e adaptada.

Foco no Programa de Fragatas Classe Tamandaré

Um dos pontos altos da visita foi a palestra do Vice-Almirante Edesio Teixeira Lima Junior, que se aprofundou nas atividades gerenciais da EMGEPRON e na gestão dos programas estratégicos da Marinha, com especial atenção ao Programa de Fragatas Classe Tamandaré (PFCT). Este programa é vital para o fortalecimento da capacidade naval do Brasil, garantindo que o país esteja preparado para desafios contemporâneos de defesa e segurança marítima.

Inspeção no estaleiro thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul

A comitiva também visitou o estaleiro thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul (tkEBS), guiada pelo Diretor de Sistemas de Armas da Marinha, Contra-Almirante Carlos Henrique de Lima Zampieri, e pelo CEO da SPE Águas Azuis, Fernando Queiroz. Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer a área de produção e observar de perto o processo de fabricação e montagem dos navios. Um destaque especial foi a visita à Fragata “Tamandaré” – F200, que está em fase final de montagem e se prepara para um marco importante em sua construção, o lançamento previsto para 5 de agosto.

Impacto e significado da colaboração entre forças armadas e indústria

A integração entre as forças armadas, a indústria nacional e a academia, conhecida como tríplice hélice, é fundamental para o desenvolvimento da Base Industrial de Defesa e para garantir a soberania nacional. Eventos como o descrito reforçam a importância dessa colaboração, não apenas para o avanço tecnológico, mas também para a geração de empregos e o desenvolvimento econômico do país.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).