No cenário internacional da Feira Internacional do Ar e Espaço (FIDAE), realizada em Santiago, Chile, a Embraer e a Força Aérea Brasileira (FAB) deram um passo significativo ao anunciar o início de estudos colaborativos focados na adaptação de plataformas aéreas para missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR). Este projeto visa modificar aeronaves já operacionais, como o C-390 Millennium, para atender às demandas contemporâneas e futuras de segurança e defesa.

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Maximizando Capacidades e Autonomia Tecnológica

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O Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, Comandante da Aeronáutica, destacou a iniciativa como fundamental para a evolução das capacidades operacionais da FAB. “Monitoramos constantemente nossa capacidade de atendimento pleno às missões atuais, enquanto preparamos para os desafios tecnológicos futuros. A adaptação das plataformas da Embraer é um passo estratégico para maximizar comunalidade e autonomia tecnológica”, afirmou Damasceno.

Expansão Estratégica da Embraer

Por sua parte, Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, reiterou o compromisso da empresa em adaptar suas aeronaves para múltiplas funções. “A Embraer tem um histórico bem-sucedido de transformar suas plataformas para atender a diversos objetivos. Os estudos conjuntos não apenas atenderão às necessidades operacionais da FAB, mas também abrirão portas para atender clientes internacionais, expandindo nosso portfólio de soluções em missões IVR”, explicou Costa Junior.

Implicações Globais e Potencial de Mercado

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O anúncio no FIDAE não apenas sublinha a parceria duradoura entre a Embraer e a FAB, mas também posiciona ambas as entidades como líderes na inovação e desenvolvimento de defesa aérea. Com o crescente foco global em capacidades avançadas de vigilância e reconhecimento, a iniciativa promete colocar o Brasil no mapa como um fornecedor significativo de tecnologia de defesa aérea e soluções de inteligência.

Futuro das Operações Aéreas de Defesa

Os resultados esperados desses estudos conjuntos provavelmente influenciarão a próxima geração de aeronaves de missões especiais, equipadas para lidar com os desafios de um ambiente de segurança global cada vez mais complexo. À medida que esses desenvolvimentos evoluem, espera-se que a colaboração entre Embraer e FAB continue a ser um modelo de inovação e eficácia operacional no setor de defesa.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).