Fragata “Liberal” realiza manobras com forças navais no Chile rumo à Operação “Unitas LXV”

Não fique refém dos algorítimos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

A Fragata “Liberal”, da Marinha do Brasil, está em deslocamento nas águas chilenas para participar da Operação “Unitas LXV”, um dos maiores exercícios navais internacionais. Durante a travessia, o navio brasileiro realizou manobras conjuntas com as Armadas do Chile e da Argentina, fortalecendo a cooperação e a interoperabilidade entre as forças navais aliadas antes do início oficial da operação.

Detalhes dos Exercícios Realizados Durante a Travessia

Descrição das Manobras Conjuntas com a Armada do Chile e da Argentina

Fragata “Lynch” (Chile), Contratorpedeiro “Sarandi” (Argentina) e Fragata “Liberal” (Brasil) em trânsito nos canais chilenos – Imagem: Primeiro-Tenente Ighor/Marinha do Brasil

Durante o deslocamento em águas chilenas, a Fragata “Liberal” realizou uma série de manobras conjuntas com a Fragata “Lynch” da Armada do Chile e o Contratorpedeiro “Sarandi” da Armada da Argentina. Essas atividades incluíram exercícios de navegação e comunicação, fundamentais para a coordenação entre as forças navais dos países envolvidos. Um dos destaques foi o exercício PASSEX, em que navios de diferentes marinhas treinam em conjunto ao navegarem na mesma região.

Importância do Exercício PASSEX e do Crossdeck para a Integração das Forças Navais

Aeronave da Marinha do Brasil AH-11B se aproximando para o pouso no convoo do navio chileno – Imagem: Capitão de Corveta (T) Gadelha/Marinha do Brasil

O PASSEX, realizado entre a Fragata “Liberal” e o Navio-Patrulha Oceânico chileno “Marinero Fuentealba”, incluiu operações de crossdeck, onde a aeronave AH-11B “Super Lynx” da Marinha do Brasil pousou no convés do navio chileno. Esse tipo de exercício permite que os pilotos brasileiros familiarizem-se com as condições de pouso em navios estrangeiros, o que é crucial em situações de emergência e operações conjuntas. Além disso, essas atividades promovem a interoperabilidade entre as marinhas, aumentando a eficiência em ações coordenadas.

Realização de Manobras de Aproximação Simultânea e Sua Relevância para a Operação

Outro exercício importante foi a manobra de aproximação simultânea, onde os três navios navegaram próximos uns dos outros em alta velocidade. Esse tipo de operação é essencial para treinar a manutenção de posição entre navios durante a transferência de materiais e pessoal no mar. Segundo o Comandante da Fragata “Liberal”, Capitão de Fragata Rogério Diniz, essas manobras exigem perícia e são realizadas no menor tempo possível para evitar que os navios se tornem alvos vulneráveis.

Preparativos para a Operação “Unitas LXV”

A Logística Envolvida na Parada em Punta Arenas e a Preparação da Fragata “Liberal”

Parada Naval na orla de Valparaiso (Chile) – Imagem: Primeiro-Tenente Ighor/Marinha do Brasil

Antes de seguir para os exercícios conjuntos, a Fragata “Liberal” realizou uma parada logística em Punta Arenas, Chile, após participar da Operação “Fraterno” com a Armada Argentina. Essa parada foi crucial para reabastecimento e ajustes necessários à continuidade da missão. A partir de Punta Arenas, a Fragata entrou nos canais chilenos, uma rota conhecida por suas condições meteorológicas desafiadoras e por exigir navegação em águas restritas, com o auxílio de oficiais chilenos familiarizados com a região.

A Importância Estratégica da Operação “Unitas LXV” para a Marinha do Brasil

Vista da asa de boreste (direita) do Passadiço da Fragata “Liberal” nos canais chilenos – Imagem: Primeiro-Tenente Ighor/Marinha do Brasil

A Operação “Unitas LXV”, que ocorrerá entre os dias 2 e 11 de setembro, é um exercício naval multinacional que envolve marinhas de países como Argentina, Chile, Colômbia, México, Equador, Estados Unidos, Reino Unido e Peru. Para a Marinha do Brasil, a operação é de grande importância estratégica, pois permite o aprimoramento das capacidades operacionais em um ambiente multinacional, promovendo a troca de experiências e técnicas entre as marinhas participantes.

Objetivos da Operação e o Papel do Brasil na Formação da Força Naval Multinacional

O principal objetivo da Operação “Unitas LXV” é a formação de uma Força Naval multinacional que possa operar de maneira integrada em apoio mútuo, especialmente em operações anfíbias que projetam poder do mar para a terra. O Brasil, com sua Fragata “Liberal”, desempenhará um papel fundamental na liderança e na execução das manobras, contribuindo para o aumento da interoperabilidade entre as forças navais envolvidas.

Importância da Cooperação e Interoperabilidade Naval

Como as Manobras Conjuntas Fortalecem a Cooperação entre as Marinhas Participantes

Foto: Marinha do Brasil

As manobras realizadas durante o deslocamento da Fragata “Liberal” não apenas servem para praticar operações técnicas, mas também para fortalecer os laços de cooperação entre as marinhas dos países participantes. A interação contínua em situações reais de navegação e manobra promove a confiança mútua e a coordenação eficiente entre as forças, essencial para o sucesso de operações multinacionais.

O Papel dos Shipriders no Intercâmbio de Conhecimentos Técnicos e Operacionais

Durante os exercícios, militares brasileiros, chilenos e argentinos participaram de programas de intercâmbio conhecidos como Shipriders, onde embarcaram em navios de outras marinhas para aprender e compartilhar conhecimentos técnicos e operacionais. Esse intercâmbio é vital para a padronização de procedimentos e para a criação de uma força naval multinacional coesa e eficaz, capaz de operar em conjunto em diversas situações.

A Relevância de Eventos como a Parada Naval para Demonstrar Poderio e Prontidão Naval

Foto: Marinha do Brasil

Como parte dos preparativos para a Operação “Unitas LXV”, os navios participantes realizaram uma Parada Naval nas proximidades de Viña del Mar e da Baía de Valparaíso, no Chile. Esse evento é uma demonstração tradicional de poderio naval e prontidão das forças envolvidas, além de celebrar a cooperação entre as nações. A Parada Naval reforça a importância estratégica das marinhas e seu compromisso com a segurança e a soberania de suas nações.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Google News

Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui