ELETRONUCLEAR DEFENDE REAPROVEITAMENTO DE COMBUSTÍVEL NUCLEAR E DESTACA SEGURANÇA DA ENERGIA NUCLEAR

Eletronuclear

Em recente entrevista à Agência Brasil, Raul Lycurgo, presidente da Eletronuclear, discutiu a necessidade de corrigir mal-entendidos comuns sobre os rejeitos nucleares. Contrariamente à crença popular, o combustível nuclear usado não é considerado rejeito, pois possui potencial de reciclagem. Lycurgo explicou que atualmente esse combustível é armazenado de forma segura na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), com a expectativa de que futuramente apenas 5% do volume original seja considerado resíduo após o processo de reciclagem.

Práticas Internacionais e Planos Futuros

O presidente destacou que, enquanto países como Japão e França já reciclam seu combustível nuclear, nações como o Brasil e os Estados Unidos ainda estão guardando seus combustíveis usados para futura reciclagem. Ele mencionou que nos Estados Unidos, o combustível nuclear usado de quase 100 usinas nucleares e acumulado por cerca de 80 anos ocupa apenas uma área de 50 por 100 metros com altura de dez metros.

Projeto Centena e Gestão de Rejeitos

Rio de Janeiro – O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, em entrevista à Agência Brasil – Foto Tomaz Silva/Agência Brasil

Lycurgo também discutiu o projeto Centena, uma iniciativa da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que visa desenvolver um centro tecnológico para o armazenamento definitivo de rejeitos radioativos. Este centro não apenas garantirá a segurança dos rejeitos mas também promoverá pesquisas e desenvolvimento tecnológico.

Potencial Nuclear Brasileiro e Perspectivas Futuras

Além disso, Lycurgo enfatizou a posição privilegiada do Brasil no mercado global de energia nuclear, dado que o país possui uma das maiores reservas de urânio do mundo. Ele defendeu que o Brasil deve aproveitar essa vantagem para se tornar um fornecedor líder de combustível nuclear, gerando trabalho, riqueza e renda para os brasileiros.

Segurança e Benefícios da Energia Nuclear

Desfazendo mitos, o presidente afirmou que a energia nuclear é segura e não poluente, não contribuindo para a emissão de gases de efeito estufa. Lycurgo destacou a urgência de diversificar as fontes de energia do Brasil, que atualmente depende fortemente de energia hidrelétrica, fotovoltaica e eólica, para incluir mais energia nuclear. Essa transição é crucial não só para o Brasil, mas para alcançar metas globais de redução de emissões.

Com informações da Agência Brasil

Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).
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