No dia de hoje, prestamos um justo reconhecimento ao profissional que, no âmbito da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), conduz o esforço principal na produção cartográfica náutica brasileira: o Engenheiro Cartógrafo.

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A data de 6 de maio foi escolhida pela Sociedade Brasileira de Cartografia, após as devidas correções para o atual calendário gregoriano, em homenagem ao mais antigo trabalho cartográfico realizado no Brasil, quando, com um astrolábio de madeira, foi determinada a latitude da Baía de Cabrália, no estado da Bahia. Tal feito, ocorrido em 27 de abril de 1500, segundo o calendário juliano utilizado à época, fora conduzido pelo Mestre João, astrônomo pertencente à frota de Pedro Álvares Cabral, por ocasião da ancoragem da esquadra portuguesa na região que hoje é conhecida por Porto Seguro-BA.

Desde então, o país vem desenvolvendo a atividade cartográfica e, por meio de avanços tecnológicos em equipamentos e na produção cartográfica em si, tornou-se capaz de elaborar cartas náuticas em seus formatos papel, raster e eletrônico, documentos imprescindíveis e que servem de base à navegação marítima e fluvial no Brasil.

Nesse valoroso trabalho, o Engenheiro Cartógrafo é o profissional responsável por desempenhar as atividades voltadas à área de análise de dados geográficos, compreendendo a determinação, descrição e controle de espaços territoriais. Com uma formação de caráter multidisciplinar, é capaz de atuar em diversas áreas, com destaque para a criação, a organização, a preservação e a atualização das informações geográficas e topográficas; bem como a aquisição, o processamento, a análise e a representação cartográfica.

O Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), diretamente subordinado à DHN, é a Organização Militar onde os Engenheiros Cartógrafos desenvolvem as tarefas atinentes à produção cartográfica, desde a coleta e análise das informações em campo até a prontificação e disseminação dos produtos, em especial, as cartas náuticas. Tais produtos, frutos de seu trabalho, contribuem para a segurança da navegação nas Águas Jurisdicionais Brasileiras, por meio de dados oriundos de Levantamentos Hidrográficos realizados na “Amazônia Azul” e em rios navegáveis no Brasil.

Cumpre destacar que as atividades de produção cartográfica também são desempenhadas pelos Engenheiros Cartógrafos nos Centros de Hidrografia e Navegação do Norte, em Belém (CHN-4), do Noroeste (CHN-9), em Manaus, e do Oeste (CHN-6), em Ladário, organizações criadas recentemente, seguindo o Plano de Readequação dos Setores de Hidrografia e Cartografia, da DHN, com o propósito de descentralizar tal produção, sob a coordenação do CHM. Dessa forma, em dezembro de 2021, sobreveio o lançamento da primeira Carta Náutica Eletrônica (ENC) produzida integralmente pelo CHN-4 e validada pelo CHM.

Hoje, os Engenheiros Cartógrafos vêm se preparando para um grande desafio: a implementação do e-Navigation, onde serão utilizados novos padrões para as cartas náuticas eletrônicas. Isso exigirá desses profissionais um grande conhecimento para a elaboração de produtos de elevado grau de complexidade, que serão demandados no futuro.

Portanto, cumprimento todos os Engenheiros Cartógrafos da Marinha do Brasil, que aplicam seu conhecimento técnico e experiência no constante aprimoramento dos produtos cartográficos náuticos. Seu relevante trabalho favorece toda a comunidade marítima brasileira e contribui para a segurança da navegação, a salvaguarda da vida humana no mar e o desenvolvimento nacional.

Parabéns a todos os Cartógrafos! “Restará sempre muito o que fazer…”

RENATO GARCIA ARRUDA

Vice-Almirante

Diretor

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).