Na Biblioteca da Marinha do Brasil (MB), encontra-se um verdadeiro tesouro: uma obra literária com 489 anos, considerada a mais antiga da Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM). O exemplar, intitulado “Clarissimi philosophi, geometricorum, elementoum liber”, de Euclidis Magarensis, é datado de 1534, um registro da memória científica e política de épocas remotas.

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O Acervo e Sua Preservação

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“L’art de naviguer”, de Pedro Medina, produzido em Lyon (França), em 1554 (Coleção Real da Academia dos Guardas-Marinha)

Segundo a Capitão de Fragata Leniza de Faria Lima Glad, Chefe do Departamento de Biblioteca da Marinha, o acervo também inclui obras inéditas da Sociedade Real Marítima e Militar, manuscritos das expedições científico-militares enviadas ao Brasil e outras preciosidades impressas do período do Império. Essas obras estão guardadas na Divisão de Materiais Especiais da DPHDM, em uma sala de consulta exclusiva, configurada para prover a segurança e a preservação das obras. Para acessar esse material, é necessário agendar uma consulta, que deve acontecer na sala da Divisão de Materiais Especiais.

Cartas Náuticas: Um Olhar para o Passado

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“Theatrum Orbis Terrarum”, um dos quatro exemplares existentes do primeiro atlas do mundo, de 1571, feito pelo cartógrafo Abraham Ortelius

As cartas náuticas da Biblioteca da Marinha são especialmente raras. Um exemplo é a carta náutica do Atlântico, produzida no Rio de Janeiro, em 1776, por Simão Antonio da Rosa Pinheiro. Essas cartas eram informações estratégicas, com circulação proibida, acessíveis apenas a reis, nobres, eruditos, navegadores famosos e grandes armadores das expedições marítimas.

Digitalização: O Passado ao Alcance de Todos

Em 2022, a Biblioteca da Marinha apresentou sua coleção cartográfica do período de 1722 a 1822, em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil. A Capitão de Fragata Leniza destaca que o processo de digitalização, realizado em alta resolução, trouxe diversos benefícios. “Ampliou as formas de divulgação e valorização do acervo, maximizou a difusão de obras inéditas e exclusivas junto aos pesquisadores e ao público em geral. Além disso, proporcionou a sua preservação, visto que não precisam mais ser manuseadas para serem acessadas”, finaliza a Capitão de Fragata Leniza.

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Serviço:

  • Biblioteca da Marinha
  • Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 8h15 às 16h15.
  • Endereço: Rua Mayrink Veiga 28, Centro, Rio de Janeiro – RJ, CEP: 20090-050.
  • Telefone: (21) 2516-0265 e 2516-8784.
  • E-mail: [email protected]
Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).