Entre 30 de julho e 2 de agosto, a delegação brasileira avançou significativamente na 61ª Sessão da Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) da ONU, em Nova Iorque. Representada pela Marinha do Brasil e outros importantes órgãos e instituições, a equipe participou de reuniões técnicas cruciais para a definição do limite exterior da Plataforma Continental na Margem Equatorial Brasileira, um passo essencial para a soberania do país sobre novos recursos naturais no subsolo marinho.
Participação e Representação Brasileira na 61ª Sessão da CLPC
A delegação brasileira na 61ª Sessão da CLPC foi composta por uma equipe multidisciplinar que incluiu o Comandante da Marinha do Brasil, o Embaixador Sérgio França Danese, membros da Missão Permanente do Brasil junto à ONU, além de representantes da Diretoria-Geral de Navegação, da Diretoria de Hidrografia e Navegação, do Centro de Hidrografia da Marinha e do Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (LEPLAC). A PETROBRAS e a Universidade Federal Fluminense (UFF) também contribuíram com seus especialistas, destacando a importância de uma abordagem integrada e colaborativa para enfrentar os desafios técnicos e diplomáticos envolvidos na expansão da plataforma continental brasileira.
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Discussões Técnicas e Critérios Aplicados
Durante a sessão, as discussões técnicas focaram na aplicação do critério da “espessura de sedimentos”, conforme estabelecido pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. Este critério é fundamental para a determinação do limite exterior da plataforma continental na Margem Equatorial Brasileira. A delegação brasileira trabalhou ativamente para responder às demandas e esclarecer as dúvidas dos peritos da Subcomissão da CLPC, mostrando o rigor técnico e a precisão científica necessários para justificar a expansão da plataforma continental. A abordagem meticulosa adotada pelo Brasil demonstra o compromisso do país em seguir os padrões internacionais e garantir a integridade do processo.
Impacto e Benefícios para o Brasil
O avanço no processo de definição dos novos limites da plataforma continental brasileira traz enormes benefícios para o país. Uma vez concluído, o Brasil poderá incorporar direitos de soberania sobre uma vasta área marítima, equivalente ao tamanho da Alemanha, para a exploração e uso de recursos naturais presentes no subsolo marinho, como petróleo, gás natural e minerais. Esse novo território submerso não apenas aumentará a capacidade do Brasil de explorar recursos estratégicos, mas também fortalecerá sua posição geopolítica e econômica no cenário global. A expansão da plataforma continental é, portanto, um passo crucial para assegurar o futuro energético e econômico do Brasil.
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