Por todo o Brasil, as Forças Armadas apoiam ações de promoção à saúde da população. Hoje, 7 de abril, celebra-se o Dia Mundial da Saúde e o Ministério da Defesa destaca a atuação expressiva dos militares em diversas áreas. No momento, a ação de maior destaque é o combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus, que ocorre paralelamente ao atendimento a indígenas e comunidades ribeirinhas, que moram em locais de difícil acesso, campanhas de doação de sangue e transporte de órgãos doados.

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Desde 21 de março do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Covid-19, o Ministério da Defesa coordena ações que atendem todas as unidades da Federação. Após um ano ininterrupto de atividades, a logística de transporte de pacientes e distribuição de insumos atingiu 5.814 horas de voo, o equivalente a 55 voltas ao mundo.
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Além disso, foram capacitadas 36 mil pessoas para descontaminação de locais públicos, com 8,3 mil desinfecções. Houve produção de 748 mil máscaras de proteção e 15,5 mil campanhas de conscientização. Foram doadas mais de 1,2 milhão de cestas básicas. Para o cumprimento da missão, cerca de 34 mil militares se dedicam à Operação.
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Desde o início da vacinação contra a Covid-19, foram imunizados aproximadamente 300 mil indígenas com a primeira dose e outros 224 mil com a segunda. Cerca de 195 mil pessoas receberam o insumo em áreas mais remotas.
Navios de Assistência Hospitalar
Em outra frente de atuação, destacam-se os Navios de Assistência Hospitalar (NAsH), da Marinha. As embarcações prestam atendimento médico, odontológico e de orientação sanitária para comunidades ribeirinhas e indígenas. O apoio é executado durante todo o ano por meio dos NAsH, conhecidos como “Navios da Esperança”.
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Localidades distantes da Região Amazônica são alcançadas pelos navios “Oswaldo Cruz”, “Carlos Chagas”, “Dr. Montenegro” e “Soares de Meirelles”. Desde 29 de março, o Navio “Doutor Montenegro” presta assistência às populações dos municípios de Alto e Médio Juruá, no Acre. Devido à pandemia, antes de partir, os 99 militares que integram a missão, entre profissionais de saúde e tripulação, cumpriram quarentena preventiva contra a Covid-19. A assistência nos municípios acreanos prosseguirá por cinco semanas.
Antes da missão no Acre, as equipes dos NAsH atenderam comunidades do Rio Solimões, Japurá e Furo do Aranapú, no Amazonas. Ainda apoiaram campanha de vacinação contra a Covid-19 em comunidades rurais às margens do rio Amazonas e do rio Negro.
Doação de sangue
A Campanha “Ajudar está no nosso sangue”, criada pelo Exército, contribui para ampliar o estoque de sangue dos hospitais e hemocentros de todo o país. O ato voluntário e de solidariedade das tropas soma, desde abril do ano passado, mais de 46 mil doações. Estas ações beneficiaram acima de 187 mil pessoas.
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As campanhas para doação de sangue são atividades regulares da Força Terrestre e ocorrem mensalmente. Apenas em março, houve ações em Londrina e Curitiba, no Paraná, em Bauru e Lins, em São Paulo, e em João Pessoa.
Somado aos esforços da campanha “Ajudar está no nosso sangue”, outras 41 mil doações foram feitas no contexto Operação Covid-19 por militares das três Forças.
Transporte de órgãos
Salvar vidas também é missão da Força Aérea Brasileira (FAB), que transporta órgãos e tecidos para serem transplantados. Neste ano, 69 órgãos foram transportados pelos militares. Em 2020, as aeronaves da FAB foram acionadas para 151 missões, com o total de 170 órgãos transportados. Entre os mais transportados estão fígado, coração e rim.
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De 2016 a 2020, 993 pessoas foram beneficiadas com essas missões. As aeronaves permanecem disponíveis para as demandas de Transporte de Órgãos, Tecidos e Equipes (TOTEQ), bem como a tripulação dos Esquadrões de Transporte.
O processo de transporte de órgãos inicia quando a Central Nacional de Transplantes (CNT) é acionada por uma central estadual, que informa a existência de órgão ou tecido em condições clínicas de transplante. A CNT verifica a disponibilidade de voos comerciais e quando não há, o Comando da Aeronáutica (COMAER) é acionado para coordenar o translado. Nestas missões, as aeronaves têm prioridade para pousos e decolagens, pois o tempo de preservação dos materiais é relevante para o sucesso do procedimento.
Missões cumpridas
A capilaridade das Forças Armadas é imprescindível  no apoio à saúde em locais de difícil acesso. Em benefício de toda a população e em parceria com o Ministério da Saúde, as Forças Armadas já atuaram em outras frentes.
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Em 1993, foi instituída a Operação Gota para frear um surto de sarampo em populações indígenas das regiões de Purus, Juruá e Solimões, no Acre e Amazonas. De lá para cá, essa iniciativa tem contribuído para imunizar  populações isoladas da Região Norte, também contra febre amarela e meningite.
As Forças Armadas também estão presentes no combate à dengue, causada pelo mosquito Aedes aegypti, bem como as doenças chikungunya e zika. Em 2015 e 2016, para o enfrentamento da epidemia, os agentes de saúde contaram com parceria dos militares para identificação de focos do mosquito nas áreas mais atingidas do país. Eles atuaram orientando comunidades sobre a importância dos cuidados, aplicaram larvicidas onde havia água parada e reforçaram o atendimento de pacientes com suspeita das doenças.
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Por Isabela Nóbrega e Viviane Oliveira, com informações das Forças Armadas
Fotos: Divulgação/MD