De Aspirante a Oficial: Como a Escola Naval forma os Líderes da Marinha do Brasil

Nos dias 16 e 17 de abril, a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) abriu suas portas para 33 aspirantes do 3º ano do Curso de Graduação da Escola Naval (EN). A visita, que faz parte da Prática Profissional Naval (PPN), proporcionou aos futuros oficiais uma imersão nas atribuições e atividades desenvolvidas pela Autoridade Marítima Brasileira — um dos pilares da segurança e desenvolvimento do País.

A atividade é mais do que uma simples visita: é um componente obrigatório da matriz curricular da Escola Naval, desenhado para consolidar conhecimentos teóricos e desenvolver competências práticas essenciais para a liderança naval.

A Escola Naval e a Formação Técnica

Fundada para formar os Oficiais do Corpo da Armada, do Corpo de Fuzileiros Navais e do Corpo de Intendentes da Marinha, a Escola Naval é reconhecida como a mais antiga instituição de ensino superior do Brasil em atividade contínua. O curso de graduação é robusto, com ênfase em formação técnico-operacional, gestão de recursos e liderança de equipes.

Dentro desse contexto, a Prática Profissional Naval é indispensável: ela assegura que o futuro oficial não apenas compreenda, mas vivencie a estrutura, as funções e a cultura organizacional da Marinha em diferentes esferas de atuação.

A Capitania dos Portos como Escola de Liderança Marítima

Durante a visita, os aspirantes tiveram contato direto com a rotina administrativa e operacional da CPRJ — uma organização militar estratégica, subordinada ao Comando do 1º Distrito Naval. A Capitania é responsável por zelar pela segurança do tráfego aquaviário, proteger a vida humana no mar e fiscalizar as embarcações que circulam na sua área de jurisdição.

Os setores destacados na atividade incluíram:

• Ensino Profissional Marítimo: responsável pela formação e qualificação de aquaviários e amadores, ampliando a segurança no mar.

• Grupo de Atendimento ao Público: setor que realiza vistorias, emite documentos e esclarece dúvidas da comunidade marítima.

• Segurança do Tráfego Aquaviário: núcleo que coordena ações de fiscalização e patrulha, vital para a proteção da navegação e do meio ambiente.

• Manutenção de Embarcações e Viaturas: fundamental para a prontidão operacional dos meios navais e terrestres empregados nas atividades cotidianas.

Cada área abordada exemplificou, na prática, como o trabalho da Autoridade Marítima impacta diretamente o ordenamento, a economia e a segurança marítima do Brasil.

A Importância da Autoridade Marítima Brasileira

A Autoridade Marítima exerce funções técnicas, educativas, normativas e fiscalizatórias. Seu trabalho garante a segurança da navegação, a proteção ambiental em águas jurisdicionais brasileiras e o funcionamento regular das atividades portuárias e aquaviárias — setores vitais para a economia nacional.

Para os aspirantes, compreender esses processos é essencial. No futuro, como Oficiais da Armada, estarão não apenas a bordo de navios de guerra ou em operações militares, mas também à frente de iniciativas estratégicas ligadas à soberania marítima e à segurança do Atlântico Sul.

Ao integrar a prática acadêmica com a realidade administrativa e operacional da Marinha, a formação promove líderes capazes de atuar de maneira técnica, ética e estratégica.

Preparando Líderes para o Mar do Brasil

A formação na Escola Naval é um verdadeiro laboratório de excelência, onde teoria e prática caminham juntas. Atividades como a visita à Capitania dos Portos do Rio de Janeiro ampliam a visão dos aspirantes, preparando-os para as responsabilidades que virão — seja no comando de embarcações, na gestão da segurança marítima ou na defesa dos interesses nacionais em águas brasileiras.

O futuro da Marinha do Brasil começa com a formação sólida de seus oficiais. Jovens que sonham em integrar essa nobre carreira devem saber: cada passo na Escola Naval é cuidadosamente planejado para moldar líderes que protegerão o Brasil por mar, terra e ar.