As tecnologias para futuras redes de comunicações são o foco do novo projeto que o CPQD está começando a desenvolver, por meio de convênio com a Finep e recursos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL), do Ministério das Comunicações. Com duração de 36 meses, o projeto Ações Estratégicas para Redes Futuras tem como objetivo a realização de pesquisas tecnológicas e estudos exploratórios – com experimentação – envolvendo aplicações avançadas que combinam realidade imersiva, Inteligência Artificial (IA), mobilidade, computação de borda, redes autônomas, entre outras inovações.

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“As redes de comunicação estão ficando cada vez mais complexas e a tendência é sua convergência com tecnologias avançadas, para atender às novas aplicações que estão surgindo e que exigem mais inteligência, capacidade, agilidade e qualidade da rede”, afirma Gustavo Correa Lima, gerente de Soluções de Conectividade do CPQD e coordenador técnico do novo projeto. “A intenção é acompanhar proativamente as mudanças disruptivas que estão acontecendo no panorama tecnológico global nessa área e explorar inovações que permitam aumentar a performance das redes e atender aos requisitos dos novos serviços”, acrescenta.

Nesse sentido, o projeto tem como proposta avançar o estado da arte em tecnologias relacionadas a serviços de rede caracterizados por alta precisão e confiabilidade, modelos descentralizados de redes, aplicações que combinam realidade imersiva, IA, mobilidade e computação de borda, bem como programabilidade, elasticidade, escalabilidade e automação das redes. Um dos pontos de partida é a análise do panorama das redes comunicação em 2030 realizada pelo Focus Group on Network 2030, da União Internacional de Telecomunicações (ITU), que especifica novos serviços e recursos de rede que deverão estar disponíveis para atender uma série de casos de uso previstos para esta década.

A pesquisa do CPQD irá abordar novos paradigmas de redes seguras, em comunicações ópticas e sem fio, novos paradigmas de descentralização, programabilidade, automação e gerência de redes e, ainda, novos paradigmas – com provas de conceito – de convergência entre redes de telecomunicações e aplicações avançadas. “Trata-se de um projeto futurista, que irá fornecer subsídios para a definição de políticas públicas no país para os setores de telecom e de TICs, além de abrir oportunidades de participação brasileira em fóruns de padronização internacional em áreas como comunicação sem fio, entre outras”, ressalta Correa Lima.

Ele lembra que o CPQD já atua na pesquisa, desenvolvimento e inovação em várias áreas abordadas no novo projeto – entre elas, 5G, 6G, Open RAN, redes ópticas, redes programáveis, IA, IoT, blockchain e segurança cibernética. “Essas experiências são uma forte base para o novo trabalho. Mas é na exploração de novas tendências tecnológicas e, principalmente, nas sinergias entre tecnologias diferentes que reside o grande potencial de inovação”, conclui.