Cooperação inédita: Brasil e China realizam treinamento conjunto na Operação Formosa 2024

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A Operação Formosa 2024 marcou uma etapa inédita na cooperação militar entre o Brasil e a China, com tropas de ambos os países realizando treinamentos conjuntos pela primeira vez. Focados na interoperabilidade, os exercícios demonstraram como diferentes doutrinas podem se complementar e fortalecer as capacidades de defesa das nações envolvidas. A presença de operadores especiais brasileiros e chineses em solo nacional reflete uma nova fase na diplomacia militar.

O exercício de interoperabilidade na Operação Formosa 2024

A Operação Formosa 2024 foi um marco não apenas para as Forças Armadas brasileiras, mas também para a cooperação militar entre o Brasil e a China. Pela primeira vez, operadores especiais de ambos os países participaram de treinamentos conjuntos em território brasileiro, demonstrando o potencial de interoperabilidade entre suas forças. O exercício contou com a participação de tropas de elite do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil e dos Dragões do Mar da China.

As atividades realizadas durante a operação incluíram patrulhas, incursões e exercícios de manuseio de armamentos em campo, todos baseados em manuais internacionais de operações especiais. Esses exercícios são fundamentais para aprimorar as capacidades de combate e táticas militares, além de permitir que as tropas se familiarizem com os procedimentos operacionais de seus parceiros internacionais. A troca de conhecimentos entre os militares brasileiros e chineses foi um dos principais destaques, com o treinamento fortalecendo a capacidade de ambos os países para atuar em conjunto em missões futuras.

Diplomacia militar: a nova fase entre Brasil e China

A presença de tropas chinesas na Operação Formosa 2024 também sinaliza uma nova fase nas relações diplomáticas e militares entre Brasil e China. A diplomacia militar ganhou destaque com a participação do embaixador chinês no evento, consolidando a cooperação entre os dois países em um nível mais profundo. Essa aliança marca um avanço significativo nas estratégias de defesa e nas relações internacionais de ambos os lados.

O treinamento conjunto na Operação Formosa não apenas fortaleceu os laços militares, mas também abriu caminho para futuras parcerias entre as nações. O intercâmbio de conhecimentos militares e o desenvolvimento de táticas conjuntas mostram como diferentes doutrinas podem se complementar, criando uma força mais resiliente e preparada para enfrentar desafios globais. A parceria reforça o interesse mútuo em garantir estabilidade e segurança em suas respectivas regiões e, ao mesmo tempo, promover a paz e a cooperação internacional.

A presença de tropas chinesas no Brasil, ainda que vista com desconfiança por alguns setores, é encarada pelas Forças Armadas como uma oportunidade de aprendizado e crescimento. Ao treinar com diferentes doutrinas, os militares brasileiros têm a chance de aperfeiçoar suas técnicas e adaptar estratégias que podem ser cruciais em cenários de combate futuros.

Segurança e confidencialidade nas operações conjuntas

Apesar da colaboração entre Brasil e China na Operação Formosa, a confidencialidade e a segurança nas operações militares conjuntas foram cuidadosamente mantidas. Embora as tropas tenham compartilhado técnicas operacionais gerais, que constam nos manuais de forças especiais em todo o mundo, táticas específicas e informações sensíveis de cada país não foram reveladas. Isso garante que as doutrinas estratégicas de ambos os lados permaneçam protegidas, enquanto ainda permitem o aprendizado mútuo em áreas comuns.

Como destacado pelos militares envolvidos, é prática comum em exercícios internacionais que técnicas de manuseio de armamentos, formação de patrulhas e movimentos operacionais básicos sejam treinados em conjunto, pois são conhecimentos amplamente compartilhados entre forças especiais globais. No entanto, táticas mais específicas e confidenciais, que dão às tropas suas vantagens operacionais exclusivas, não são divulgadas, preservando a soberania e a eficácia das forças envolvidas.

A manutenção dessa confidencialidade é fundamental para o sucesso das operações internacionais, garantindo que os países participantes possam colaborar sem comprometer a segurança de suas próprias doutrinas militares. A confiança estabelecida por meio desses exercícios ajuda a fortalecer as relações entre os países, enquanto assegura que cada um mantenha o controle sobre suas informações mais sensíveis.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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