Treinamento da Fiona, a bordo do Navio-Patrulha Fluvial “Pedro Teixeira”, durante uma missão – Imagem: SO-PL Ibraim

No âmbito da luta contra o tráfico de drogas, especialmente nas regiões de fronteira, o Brasil recorre a diversas estratégias e tecnologias. Entre as armas mais eficazes para detectar entorpecentes escondidos em cargas e bagagens, encontramos um aliado de quatro patas: Fiona, uma Pastor Belga de Malinois do canil do 1° Batalhão de Operações Ribeirinhas, subordinado ao Comando do 9° Distrito Naval, em Manaus (AM).

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O cenário e a rotina de trabalho

cachorro capa

As ações de patrulha e fiscalização da Marinha do Brasil nas águas do rio Negro, no estado do Amazonas, contam com a preciosa colaboração de Fiona. Ao lado de dois militares fuzileiros navais, a cadela de dois anos e meio atua com precisão e eficácia na busca por substâncias ilícitas. As malas são organizadas em uma fileira e, sob o comando dos militares, Fiona percorre cada uma delas, utilizando seu apurado senso de olfato para identificar qualquer sinal de drogas.

Características e treinamento da raça

Os Pastores Belgas de Malinois são conhecidos por sua inteligência, olfato aguçado e resistência física, características que tornam a raça ideal para este tipo de trabalho. Fiona, como explica o Segundo-Sargento (Fuzileiro Naval) Roni de Alexandre Costa, é filha de um cão de faro que também serviu ao Batalhão. Ela tem um irmão e uma irmã, que também estão no canil exercendo a mesma função.

O treinamento de Fiona começa cedo, com uma rotina que inclui alimentação, exercícios físicos e adestramento específico. O objetivo é ensiná-la a encontrar entorpecentes escondidos em bagagens, para isso é utilizado um piloto, uma amostra controlada da substância que ela precisa identificar. Quando Fiona identifica o alvo, encosta o focinho, deita-se próximo à bagagem e é imediatamente premiada com uma bola pequena de borracha, objeto de sua diversão diária.

Adaptações para missões em ambientes confinados

As missões ribeirinhas exigem que Fiona adapte sua rotina de treinamento e atividades físicas, devido ao espaço restrito nos navios. Os momentos de caminhada são mantidos, mas ocorrem principalmente pela manhã e ao fim da tarde. Para amenizar o estresse do ambiente confinado, os militares se revezam para dormir ao lado de Fiona, além de garantir carinho constante e manter uma rotina de atividades físicas. A dedicação e a adaptação de Fiona são a prova de que o melhor amigo do homem também pode ser um valioso aliado na luta contra o crime.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).