Nesta quinta-feira (18), testemunhas relataram ataques aéreos pesados e confrontos perto de um acampamento militar ao sul da capital do Sudão, Cartum. As lutas resultaram no deslocamento de cerca de um milhão de pessoas e dificultaram a sobrevivência dos moradores locais.
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Os ataques do Exército contra o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) foram ouvidos em vários bairros residenciais do sul de Cartum. O Exército tem usado poder aéreo e artilharia pesada na tentativa de repelir a RSF, que se espalhou por Cartum e cidades vizinhas desde o início dos confrontos em 15 de abril.
Situação Humanitária
A situação é crítica para muitos residentes de Cartum. “O bombardeio e os confrontos não param e não há como fugir de nossas casas”, disse Salah el-Din Othman, um residente de Cartum. “Estamos vivendo um pesadelo de medo e pobreza”.
Além da capital, a violência também aumentou em Darfur, no Oeste do Sudão, no estado de Kordofan do Norte e em outras partes do país. Estima-se que mais de 840 mil pessoas foram deslocadas no Sudão e mais de 220 mil fugiram para países vizinhos.
Ajuda Internacional
A Organização das Nações Unidas (ONU) está aumentando suas operações em pelo menos seis estados do Sudão para ajudar 4,9 milhões de pessoas vulneráveis, além de auxiliar aqueles que fogem para o Chade, Egito e Sudão do Sul. “Os combates no Sudão estão devastando vidas e meios de subsistência e forçando as pessoas a fugir de suas casas com nada além das roupas que estão vestindo”, disse o diretor do Programa Mundial de Alimentos (PMA) para a África Oriental, Michael Dunford.
A ONU fez um apelo por ajuda de US$ 3 bilhões, afirmando que mais da metade dos 46 milhões de habitantes do Sudão precisa de assistência e proteção humanitária. A situação foi agravada por relatos de “violência de gênero horrível” e episódios de saques.