A Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB) celebrou seus 67 anos de existência nesta segunda-feira (27). Para comemorar a data, a entidade promoveu uma confraternização esportiva no Parque da Cidade em Brasília, sem fins competitivos, com o objetivo de promover a prática esportiva e a integração entre as Forças Armadas e a sociedade. A CDMB, que tem como foco o apoio ao Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR), escolas de formação militar e paradesporto militar, trabalha em conjunto com as Comissões de Desportos da Marinha (CDM), do Exército (CDE) e da Aeronáutica (CDA), bem como com o Departamento de Desporto Militar (DDM) do Ministério da Defesa. Desde sua criação em 1956, a CDMB tem como missão contribuir para o desenvolvimento do esporte nacional de alto nível e para a promoção da integração entre as Forças Armadas e a sociedade.

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Legado – A primeira medalha de ouro olímpica do Brasil foi conquistada há mais de cem anos nos Jogos Olímpicos de Antuérpia, em 1920, pelo Tenente do Exército Brasileiro Guilherme Paraense. Ao recordar o feito, o diretor do Departamento de Desporto Militar, Vice-Almirante (FN) Roberto Rossatto, assinalou que, como herdeira desse legado, a CDMB tem mostrado que esporte e combate seguem rumos semelhantes, uma vez que ambos exigem dedicação, comprometimento e perseverança. “Parabéns a todos aqueles que colaboram e continuam contribuindo para honrar e disseminar, cada vez mais, o lema cultuado mundialmente: amizade por meio do esporte”, destacou.

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Início – Criada em 1956 com a responsabilidade de elaborar o planejamento estratégico do desporto militar para as Forças Armadas, a CDMB tem entre seus objetivos a implantação da política desportiva militar nas Forças Armadas, além da organização e a direção das competições entre a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. Também figuram entre as atribuições da comissão a seleção de equipes para representação do Brasil nos eventos esportivos militares, a contribuição para o aprimoramento técnico e desportivo da sociedade brasileira como um todo e a ampla divulgação do desporto nacional pata projetar o nome do Brasil no cenário internacional.

Com o intuito de fortalecer a equipe militar brasileira e desenvolver o esporte nacional de alto nível, o principal projeto executado pela CDMB é o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR). O PAAR iniciou-se em 2008, em parceria exitosa entre os Ministérios do Esporte e da Defesa. O programa mantém alinhamento esportivo com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), com os clubes, com as federações e com as confederações a que os atletas pertencem.

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Benefícios – Os militares atletas do PAAR têm à disposição todos os benefícios da carreira, entre os quais o direito à assistência médica (incluindo nutricionista e fisioterapeuta), além de disporem de instalações militares esportivas adequadas para treinamento, nos centros da Marinha (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), do Exército (Centro de Capacitação Física do Exército e Complexo Esportivo de Deodoro) e da Aeronáutica (Universidade da Força Aérea).

Em 2023, os atletas que integram o programa já alcançaram resultados importantes. Na cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico 2022, que ocorreu no último 2 de fevereiro, o 3º Sargento da Marinha e competidor dos 400 metros com barreiras, Alison dos Santos, conquistou o título de melhor atleta. No Karatê, o 3º Sargento Vinícius Figueira do Exército garantiu a medalha de ouro no Paris Open, na França. Além disso, sagrou-se campeão Brasileiro Sênior pela sexta vez. Na Força Aérea Brasileira, a história ocorreu no tiro com arco. Após ganhar ouro, no The Vegas Shoot, em 5 de fevereiro, o 3º Sargento Marcus D’Almeida subiu quatro posições e garantiu a primeira colocação do ranking mundial no arco recurvo.

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Paradesporto – a delegação militar brasileira avançou nas iniciativas de promover o paradesporto militar, contando com atividades esportivas realizadas pelas Comissões de Desportos das Forças Armadas, pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e pela Relatoria do Paradesporto Militar da Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB), proporcionando a participação de paratletas das Forças Armadas e das Forças Auxiliares na participação em Jogos Mundiais Militares, Campings Militares Paralímpicos e Paralimpíadas Militares.

Diante da necessidade de desenvolver, com sustentabilidade, o paradesporto no âmbito das Forças Armadas, é importante encontrar soluções que viabilizem essa modalidade esportiva. Iniciativas recentes, como a organização de dois workshops com os temas “O Futuro do Paradesporto Militar nas Forças Armadas” (2021) e o “Amparo Legal ao Paradesporto Militar” (2022), contribuíram para esse fim.

Por Julia Campos
Fotos: divulgação/CDMB, Wander Roberto/COB e World Archery

Marcelo Barros, com informações do Ministério da Defesa
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).