Campo Grande (MS) – Há 37 anos, no dia 15 de outubro de 1985, foi criado o Comando Militar do Oeste. Para comemorar essa data, autoridades dos Poderes Executivo, Judiciário, civis e militares dos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso participaram de uma formatura militar, na manhã desta sexta-feira, 14 de outubro de 2022, no Forte Pantanal.

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A celebração contou com a presença do Ministro do Superior Tribunal Militar, General de Exército e ex-Comandante Militar do CMO, Lourival Carvalho Silva, além de diversos oficiais generais da reserva.

O Comandante Militar do Oeste, General de Exército Anisio David de Oliveira Junior, recebeu os convidados no Campo de Parada General Plínio Pitaluga e agradeceu a participação de todos na celebração. O general destacou, ainda, a riqueza histórica do CMO, sua importância como protetor do bioma do Pantanal, além da incansável atuação dos militares nas mais diversas missões, a exemplo da Operação Acolhida, que tem seu 14º Contingente composto por integrantes do CMO.

Na ocasião, foi realizada a entrega do Diploma de “Amigo do CMO” a diversas personalidades, civis e militares, que se destacaram pela amizade e cooperação em atividades desenvolvidas pelas Organizações Militares do Comando Militar do Oeste.

Histórico do CMO

A História do Comando Militar do Oeste é a própria história da presença militar do Exército na Fronteira Oeste. Porém, a história da província começa muito tempo antes, ainda durante a ocupação desse vasto território, então pertencente à Espanha, mas que foi gradualmente ocupado pelos bandeirantes oriundos da província de São Paulo que vinham em busca de metais preciosos.

Em 1578 a morte prematura do rei português Dom Sebastião não deixou herdeiros ao trono. O trono foi ocupado em 1580 pelo rei da Espanha, Felipe II, que se tornou também rei de Portugal, sob o título de Felipe I, mantendo a administração das máquinas coloniais portuguesa e espanhola, com limites ainda determinados pelo Tratado de Tordesilhas, de 1494. Essa situação inusitada favoreceu os bandeirantes paulistas, que, dessa forma, puderam desbravar os sertões mais livremente, ocupando todo o território de forma pacífica, pois as duas colônias eram posse do mesmo rei.

Mesmo após a restauração da monarquia portuguesa, ocorrida em 1640, os espanhóis não se incomodaram muito com a presença portuguesa em seus domínios, quadro esse que se alterou em 1719 com a descoberta de ouro no rio Cuiabá, gerando grande fluxo populacional para a região, cuja posse passou a ser contestada pelos espanhóis.

Com a fundação da Capitania de Mato Grosso, em 1748, por desmembramento da Capitania de São Paulo, o 1º Capitão-General nomeado – Dom Rolin de Moura Tavares – chegou àquelas paragens com uma Companhia de Dragões. Esta tropa de cavalaria destinava-se a guarnecer as novas fronteiras conquistadas pelos bandeirantes. Aí está o início da presença militar na Fronteira Oeste, embrião do futuro Comando Militar do Oeste.

O Comando Militar do Oeste não apenas se orgulha da responsabilidade de conduzir nos ombros sua missão constitucional, mas, sobretudo, da contribuição cívico e moral de sua gloriosa história, nesta rica e estratégica parcela do território nacional. Após lançar o olhar ao passado e dar um salto no tempo, verificamos o valor e o legado da presença militar na Fronteira Oeste.

Marcelo Barros, com informações do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).