Cluster Tecnológico Naval e MB avançam no desenvolvimento de simuladores

Não fique refém dos algorítimos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

O desenvolvimento do primeiro submarino nuclear brasileiro exige tecnologia de ponta e inovação contínua. Em mais um passo estratégico, o Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro reuniu-se com a Marinha do Brasil e nove empresas para discutir a criação de simuladores dinâmicos do Integrated Platform Management System (IPMS). A iniciativa visa garantir a validação dos sistemas antes da integração a bordo, reforçando o compromisso do país com a excelência tecnológica na Defesa.

O papel dos simuladores no projeto do submarino nuclear brasileiro

O desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear brasileiro (SN-BR) representa um avanço significativo na autonomia tecnológica do país. Para garantir a eficiência e a segurança dessa embarcação complexa, o uso de simuladores no processo de desenvolvimento e treinamento da tripulação se torna essencial.

O Integrated Platform Management System (IPMS) é um sistema responsável pelo gerenciamento integrado de todos os subsistemas do submarino, como propulsão, controle de danos, geração de energia e climatização. O uso de simuladores dinâmicos permite que engenheiros e operadores testem todas essas funções antes da instalação a bordo, reduzindo riscos e aprimorando a confiabilidade dos equipamentos.

Além disso, os simuladores viabilizam treinamentos avançados, preparando os futuros tripulantes para diferentes cenários operacionais. Isso garante que a tripulação esteja altamente capacitada para operar o submarino de forma segura e eficiente, mesmo em condições extremas.

Parceria entre Marinha, Cluster Tecnológico Naval e indústria

O avanço na construção dos simuladores só é possível graças à colaboração entre a Marinha do Brasil, o Cluster Tecnológico Naval e empresas do setor de defesa e tecnologia. Durante a reunião, realizada no Rio de Janeiro, o Centro de Projetos de Sistemas Navais (CPSN) apresentou as demandas relacionadas ao Exploitation Shore Integration Facility (ESIF), uma estrutura terrestre destinada a validar o IPMS antes da sua instalação definitiva no submarino.

A participação de nove empresas no projeto demonstra o fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID) e a crescente capacidade do Brasil em desenvolver tecnologias estratégicas. A parceria entre setores público e privado é essencial para garantir que o país alcance a excelência na construção do SN-BR e, futuramente, amplie sua expertise para outras embarcações e sistemas navais.

O envolvimento da indústria nesse projeto impulsiona a geração de empregos qualificados, fomenta o desenvolvimento de novas tecnologias e coloca o Brasil em uma posição de destaque na engenharia naval mundial.

Próximos passos e perspectivas para o desenvolvimento dos simuladores

A construção do Exploitation Shore Integration Facility (ESIF) é um marco fundamental para o sucesso do projeto. Essa estrutura terrestre será utilizada para testar e validar todos os sistemas do IPMS, garantindo que qualquer problema seja identificado e corrigido antes da instalação no submarino.

Nos próximos meses, as empresas participantes irão trabalhar no desenvolvimento dos simuladores dinâmicos, considerando as especificações técnicas e operacionais do SN-BR. Os testes iniciais permitirão ajustes finos na tecnologia, assegurando que os equipamentos atendam aos padrões exigidos pela Marinha do Brasil.

Além do impacto imediato no programa do submarino nuclear, a criação desses simuladores abre portas para sua aplicação em outros projetos de defesa. Tecnologias semelhantes podem ser desenvolvidas para navios de superfície e outras embarcações militares, ampliando a capacidade da indústria nacional nesse setor estratégico.

A inovação e o investimento contínuo na Base Industrial de Defesa são fundamentais para que o Brasil continue avançando na construção de submarinos de alta complexidade e, futuramente, se consolide como um player global na engenharia naval. A parceria entre a Marinha, o Cluster Tecnológico Naval e as empresas participantes reforça o compromisso do país com a excelência tecnológica e a soberania nacional.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Google News

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui