Ciberataques na Batalha entre Ucrânia e Rússia

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Desde que a guerra entre Ucrânia e Rússia estourou em 24 de fevereiro de 2022, a batalha digital se tornou um componente crítico do conflito. De fato, ciberataques foram lançados por ambos os lados para neutralizar infraestruturas nacionais, sistemas bancários e ministérios governamentais, influenciar tomadores de decisões, cidadãos e soldados e coletar inteligência. As operações cibernéticas não tiveram um papel real na desativação de capacidades nacionais ou infraestruturas, mas tiveram efeitos psicológicos e cognitivos.

Antes da Guerra: A Preparação Digital

Os ataques cibernéticos tiveram um papel significativo antes do início do conflito. A Rússia conduziu operações cibernéticas contra a Ucrânia desde 2014, iniciando ataques relevantes para a guerra atual cerca de um mês e meio antes dos combates em solo começarem. Em janeiro de 2022, os EUA alertaram a Ucrânia de que suas infraestruturas críticas estavam sob ameaça de ciberataque. Logo após este aviso, os sites de vários ministérios ucranianos foram invadidos e mensagens alertando os residentes da Ucrânia sobre a Rússia foram postadas neles.

A Batalha Digital Durante a Guerra

No dia anterior ao início da guerra e no primeiro dia, muitos ciberataques foram lançados contra a infraestrutura nacional da Ucrânia, escritórios do governo e o sistema bancário. A maioria foram ataques de negação de serviço (DoS) e vandalismo de sites. A Ucrânia, que sofreu ciberataques em sua empresa de eletricidade durante a primeira guerra em 2014 e o desligamento da eletricidade em partes do país por cerca de meio dia naquela época, estava preparada para a campanha atual.

Conclusões e Implicações para a Guerra Moderna

Levando em conta as limitações na informação publicada e a disseminação de informações fraudulentas por ambos os lados, pode-se concluir que, nesta campanha, ao contrário da anterior, as operações cibernéticas não tiveram um papel real na desativação das capacidades e infraestruturas nacionais ucranianas. Na verdade, apesar da exclusão de informações dos servidores (os ucranianos afirmam que a maioria das informações foi salva em locais invulneráveis), as conquistas russas foram mínimas e não ultrapassaram o nível de assédio.

Fonte: DCiber.org

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).