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A China tem grandes novidades em tecnologia de comunicação. Cientistas chineses afirmam ter estabelecido a primeira rede de comunicação quântica do mundo, combinando mais de 700 pontos de cabeamento de fibra ótica no chão com dois satélites para atingir a distribuição de informações criptografas por uma extensão de 4.600 km.

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O time, liderado pelos pesquisadores Jianwei Pan, Yuao Chen e Chengzhi Peng da Universidade de Ciência e Tecnologia da China em Hefei publicaram os últimos avanços na renomada revista Nature. 

A comunicação quântica é considerada impossível de hackear e é um investimento que os chineses vêm fazendo nos últimos anos. Desde 2019, o modelo misto de comunicação em rede integrada do espaço para o chão tem apresentado segurança e mantido estabilidade, de acordo com os pesquisadores.

A marca é importante porque pode trazer uma liderança da China nas pesquisas em computação quântica, além de ser uma forma importante de comunicação, a ser utilizada por bancos, empresas de transmissão de energia e outros setores críticos.

Apesar do avanço, ainda é incerto qual é a capacidade da rede, em termos de velocidade, latência e quantidade de informação que pode ser transportada entre as pontas.

O núcleo da chamada comunicação quântica é a chamada Distribuição Quântica de Chave (QKD na sigla em inglês), que utiliza partículas quânticas, como fótons, para formar uma cadeia de informações baseadas em 0 e 1 — qualquer tipo de interferência ou interceptação quebraria esse padrão e seria notada instantaneamente.

Usando a estrutura de fibra óptica no chão e os satélites, a China conseguiu integrar 150 indústrias, incluindo bancos estatais e locais, redes de distribuição elétrica municipais e sites de governo eletrônico. “Nosso trabalho mostra que a tecnologia de comunicação quântica é suficientemente madura para aplicações práticas em larga escala”, disse Jianwei Pan.

De acordo com os pesquisadores, uma rede global de comunicação pode ser estabelecida se redes quânticas nacionais de diferentes países forem combinadas, e se universidades, instituições e companhias se unam para padronizar protocolos e hardware, por exemplo.

Fonte: EXAME

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).