As águas turbulentas da estratégia marítima brasileira viram uma calmaria significativa nos últimos dias de junho. De 27 a 30 de junho, um marco histórico foi estabelecido nas instalações do Centro de Jogos de Guerra (CJG) da Escola de Guerra Naval (EGN). Pela primeira vez, um jogo de guerra na modalidade híbrida foi conduzido, reunindo diversas forças para uma missão de importância nacional: o Planejamento de Força derivado da Estratégia de Defesa Marítima.

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Os participantes do jogo e seu propósito

O objetivo do jogo era um bem maior: servir ao Estado-Maior da Armada (EMA), a entidade responsável pelo planejamento estratégico da defesa marítima brasileira. A célula de jogadores incluiu nove oficiais de OM da Esquadra e um oficial do ComPAAZ, representando várias unidades operacionais da marinha brasileira. A equipe de controle do jogo, conhecida como GRUCON, era composta por instrutores da EGN, representantes do Centro de Inteligência da Marinha (CIM), do Comando do Desenvolvimento Doutrinário do Corpo de Fuzileiros Navais (CDDCFN), do Centro de Desenvolvimento de Guerra Naval (CDDGN), além de representantes do próprio EMA. Uma verdadeira força-tarefa, unida por um propósito comum: a defesa da soberania marítima do Brasil.

O primeiro jogo híbrido e sua contribuição estratégica

O jogo, em sua essência, foi um marco, sendo o primeiro da modalidade híbrida (sistêmico e seminário) realizado pelo CJG. Esta abordagem híbrida significou uma fusão entre o planejamento estratégico tradicional e uma metodologia de aprendizagem interativa, dando uma visão mais ampla e um enfoque mais prático à estratégia de defesa. Com esta inovação, o CJG demonstra sua contínua busca por avanços no planejamento e execução da defesa marítima, sempre visando melhorar a prontidão e a eficácia da Marinha.

O impacto do jogo na Estratégia de Defesa Marítima

Os resultados deste inovador jogo de guerra híbrido terão um impacto direto na Estratégia de Defesa Marítima. As lições aprendidas, os cenários testados e as táticas aperfeiçoadas no jogo vão contribuir diretamente para a elaboração desta estratégia, fornecendo novos insights, técnicas e conhecimentos ao EMA. Com este marco, o CJG e a EGN mostram, mais uma vez, seu compromisso com a inovação e a excelência na defesa da soberania marítima brasileira.