CCOPAB treina civis e militares para missões humanitárias

Soldados e oficiais em frente ao Centro de Operações.
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No coração do Rio de Janeiro, o CCOPAB promoveu uma formação estratégica voltada para a atuação conjunta entre forças armadas e agentes civis. O Estágio CIMIC capacitou profissionais para intervenções coordenadas em crises humanitárias, desastres naturais e missões de paz, com base em experiências práticas, como a Missão da ONU no Haiti e a Operação Acolhida, em Roraima.

Formação prática em ambiente multidimensional

Aula sobre Direito Internacional com mapa mundi.

O Estágio de Coordenação Civil-Militar (CIMIC) oferecido pelo Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB) foi cuidadosamente estruturado para simular os desafios enfrentados em operações de paz, emergências humanitárias e desastres naturais. Realizado de 17 a 28 de março, o curso proporcionou uma imersão teórica e prática em temáticas como direitos humanos, direito internacional humanitário, coordenação entre agências, apoio logístico e gestão de crises.

Os participantes, oriundos de setores diversos, foram submetidos a estudos de caso, dinâmicas em grupo, debates orientados e simulações baseadas em cenários reais de operações multidimensionais. A metodologia aplicada visa desenvolver a capacidade de pensar estrategicamente e atuar de forma coordenada entre o componente militar e o civil, algo essencial nas missões internacionais modernas.

O estágio é coordenado pelo Comando de Operações Terrestres (COTER) e conta com uma equipe de instrutores altamente qualificada, reforçando o compromisso do Brasil com a excelência na formação para operações complexas.

Integração civil-militar em missões humanitárias

O conceito de coordenação civil-militar (CIMIC) é fundamental para garantir a eficácia em cenários onde o sofrimento humano exige respostas rápidas, coordenadas e sensíveis às diferentes culturas e legislações. A atuação conjunta permite otimizar recursos, reduzir conflitos operacionais e proteger populações vulneráveis com maior eficiência.

Durante o estágio, os alunos analisaram operações em que a sinergia entre militares e civis foi decisiva, como a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH), a Operação Acolhida, que acolheu imigrantes venezuelanos em Roraima, e a Operação Taquari 2, no Rio Grande do Sul. Nessas experiências, a integração entre defesa, segurança pública, ONGs e organismos internacionais mostrou-se vital para alcançar resultados duradouros.

O curso também promoveu a troca de experiências entre os setores acadêmico, filantrópico e empresarial, ampliando a compreensão da cultura organizacional e das capacidades operacionais de cada agente envolvido.

O protagonismo brasileiro nas operações de paz da ONU

O Brasil tem desempenhado um papel de destaque na formação de profissionais para missões internacionais de paz. O CCOPAB, referência na América Latina, é responsável por preparar civis e militares para missões sob a égide da Organização das Nações Unidas (ONU), atuando como centro de excelência em capacitação multidimensional.

A presença de alunos internacionais no Estágio CIMIC 2025 — como um militar da Guiana e uma civil da França — reafirma o reconhecimento global da expertise brasileira nesse campo. O Brasil, ao aliar tradição diplomática e capacidade operacional, fortalece sua posição como ator relevante na construção da paz global e no enfrentamento de desastres humanitários.

Além disso, a atuação do CCOPAB fortalece a inserção internacional das Forças Armadas brasileiras, demonstrando compromisso com a cooperação internacional, o multilateralismo e os valores democráticos.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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