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Um ano após o início da Operação Catrimani II, os resultados falam por si: a atividade de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami caiu mais de 94%, segundo dados do CENSIPAM. A operação, conduzida pelas Forças Armadas em ambiente interagências, mostra o êxito de uma atuação estratégica que une ação repressiva, apoio logístico e ajuda humanitária na região amazônica.
Impacto operacional: dados, recursos empregados e resultados tangíveis
Desde abril de 2024, mais de 4.510 operações foram realizadas, resultando em 22.642 abordagens, 2.851 autuações e 176 prisões. O prejuízo estimado ao garimpo ilegal ultrapassa R$ 345 milhões. A destruição de 508 acampamentos ilegais, a inutilização de 53 pistas de pouso clandestinas, a apreensão de 33 aeronaves, 2.799 motores e geradores, além de 192 veículos e 219 embarcações, demonstram a efetividade da atuação repressiva.
As Forças Armadas também apreenderam 34 kg de ouro, 158 toneladas de cassiterita, 128 armas e 160 antenas de internet usadas pelos garimpeiros. A atuação contínua de operações noturnas com visão infravermelha e drones, como a Flecha Noturna, garantiu o fator surpresa e a neutralização de ações ilícitas mesmo em datas críticas, como o Natal e a virada do ano.
Repercussões sociais e ambientais para os povos Yanomami
A redução do garimpo ilegal teve efeitos diretos sobre o meio ambiente e a qualidade de vida dos povos indígenas. O monitoramento satelital revelou queda a zero nos alertas de desmatamento, algo inédito desde 2023. Além disso, com a retirada de 227 kg de mercúrio do ambiente, foi observada a melhoria da qualidade da água e a retomada da pesca pelos Yanomami.
Na frente humanitária, as Forças Armadas viabilizaram o transporte de 454 toneladas de suprimentos e 6.690 pessoas em áreas de difícil acesso. Mais de 29 mil atendimentos médicos e odontológicos foram realizados, além da perfuração de três poços artesianos e do transporte de nove kits de placas solares, promovendo acesso à água potável e à energia limpa.
Coordenação interagências e protagonismo das Forças Armadas
A Casa de Governo, ligada à Casa Civil da Presidência, coordenou a articulação entre órgãos de segurança pública, agências governamentais e Forças Armadas, garantindo uma operação coesa e eficaz. O Comando Conjunto Catrimani II mobilizou meios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, incluindo aeronaves, navios, drones, radares e patrulhas terrestres e fluviais.
Foram construídas duas Bases de Apoio Interagências e um novo Destacamento Especial de Fronteira, reforçando a presença do Estado na TIY. A sinergia operacional entre os entes envolvidos reafirma a capacidade das Forças Armadas de atuar em ações complexas, simultaneamente repressivas e humanitárias, em defesa do território, do meio ambiente e dos povos originários.
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