Capitão dos Portos de Alagoas discute Amazônia Azul e Economia Azul em palestra no Portugal em Cena

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Durante a 7ª Edição do Portugal em Cena, em Barra de São Miguel, o Capitão dos Portos de Alagoas, Rodrigo Garcia, destacou a importância da Amazônia Azul e da Economia Azul para o Brasil. Em sua palestra, ele discutiu as quatro vertentes que tornam essa área marítima fundamental para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do país, além de apresentar dados relevantes sobre a exploração de petróleo e o papel do Brasil na proteção de suas águas.

Amazônia Azul: Relevância Econômica, Ambiental e Estratégica

Foto: Porto de Maceió (AL)

A Amazônia Azul abrange uma vasta área de 5,7 milhões de km², equivalente a 60% do território terrestre brasileiro. Segundo o Capitão Rodrigo Garcia, essa região não é apenas um recurso de lazer, mas essencial para o crescimento do país. A exploração de petróleo, de onde vem 95% do petróleo e 85% do gás natural do Brasil, e o transporte de mercadorias, que representa 95% do comércio exterior, são pilares econômicos sustentados pela Amazônia Azul. No entanto, a proteção da soberania e o combate a ameaças, como a pesca ilegal e o tráfico de drogas, exigem esforços constantes da Marinha.

O Capitão também destacou a importância de defender essa área de navios estrangeiros que tentam explorar os recursos marítimos do Brasil ilegalmente. Ele mencionou como exemplo o incidente recente envolvendo um navio alemão, que foi interceptado pela Marinha ao tentar explorar ilegalmente a elevação do Rio Grande.

Economia Azul e o Impacto no PIB Brasileiro

A economia azul, definida como o uso sustentável dos recursos marinhos, foi outro ponto central da palestra. Cerca de 19% do PIB brasileiro vem de atividades relacionadas ao mar, com setores como a pesca, a aquicultura, o turismo náutico e a exploração de petróleo e gás tendo um papel de destaque. O Capitão Garcia mencionou o crescimento do turismo de cruzeiros, com o Porto de Maceió esperando a chegada de 14 navios na próxima temporada, o que impulsiona a economia local.

Ele reforçou a importância de promover o desenvolvimento sustentável, garantindo que essas atividades gerem benefícios econômicos sem prejudicar os ecossistemas marinhos, contribuindo para a preservação ambiental e o progresso social.

Cultura Oceânica e a Década dos Oceanos

O Capitão Garcia também falou sobre a necessidade de promover a cultura oceânica no Brasil, destacando a importância da educação para conscientizar a população sobre o papel vital do oceano no desenvolvimento sustentável. Ele enfatizou que o Brasil está na “Década dos Oceanos” (2021-2030), uma iniciativa global que busca proteger e usar de forma sustentável os recursos marinhos. Entre as iniciativas mencionadas, já há esforços em Alagoas para incluir a cultura oceânica no currículo escolar, desde o ensino fundamental até o superior.

A conscientização sobre a Amazônia Azul e a importância dos oceanos foi vista como fundamental para preparar as futuras gerações a lidar com os desafios globais de preservação e sustentabilidade dos recursos marítimos.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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