Capelães das Forças Armadas renovam promessas em celebração especial

Missa em igreja barroca com sacerdotes e fiéis.
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Sob o olhar da tradição e da fé, capelães do Exército, Marinha, Aeronáutica e das Forças Auxiliares participaram de uma missa solene com o Arcebispo Militar Dom Marconi, na histórica Igreja Santa Cruz dos Militares, no Centro do Rio. A cerimônia marcou a renovação das promessas sacerdotais, reafirmando o compromisso desses homens com sua missão espiritual dentro da vida castrense. Foi um momento de recolhimento, mas também de comunhão e força.

A liturgia da fidelidade: técnica e simbolismo da renovação

A celebração da renovação das promessas sacerdotais segue um rito tradicional, especialmente significativo durante a Semana Santa. Reunidos diante do altar, os capelães reafirmam os votos feitos no dia da ordenação, renovando publicamente seu compromisso com a fidelidade a Cristo, à Igreja e à missão de servir como pastores no ambiente militar.

Missa em altar barroco com imagens religiosas.

Durante a missa, celebrada por Dom Marconi, Arcebispo Militar do Brasil, os sacerdotes ouviram palavras firmes sobre a grandeza e o peso do ministério sacerdotal. Obediência, humildade e configuração a Cristo foram destacados como eixos do sacerdócio. O gesto de renovar as promessas diante do bispo e dos irmãos de farda expressa unidade doutrinal e espiritualidade compartilhada.

A escolha da Igreja Santa Cruz dos Militares, no coração do Rio de Janeiro, reforça o elo histórico entre fé e Forças Armadas, e serve de cenário emblemático para esse momento de reconsagração.

Unidade entre forças e testemunho de fé pública

Cerimônia religiosa em igreja barroca ornamentada, Brasil.

Reunir capelães do Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar e Bombeiros Militares num mesmo altar é mais que um ato litúrgico — é um sinal de unidade nacional e espiritual. Representando diferentes estados e contextos operacionais, esses sacerdotes partilham o mesmo chamado: servir onde o combate exige paz interior e consolo.

A presença conjunta reforça a fraternidade entre as Forças Armadas e Auxiliares, além de dar visibilidade ao trabalho dos capelães, que acompanham tropas em missões, oferecem assistência religiosa nas unidades e mantêm viva a espiritualidade nas fileiras. Mesmo com perfis e histórias distintas, os sacerdotes se reconhecem irmãos na vocação e no serviço.

Durante a homilia, Dom Marconi mencionou a importância do testemunho dos capelães diante da tropa: “Somos jumentinhos que carregam Cristo”, disse, com humildade. A metáfora tocou os presentes ao lembrar que o brilho da missão não é pessoal, mas reflexo de quem eles representam: o próprio Cristo.

Capelania militar: presença espiritual no coração da Defesa

A renovação das promessas sacerdotais no contexto militar revela o papel estratégico da Capelania nas Forças Armadas. Em um ambiente regido pela hierarquia, disciplina e prontidão, os capelães são os pilares da assistência espiritual, oferecendo apoio emocional, orientação ética e conforto religioso para militares e suas famílias.

Presentes em quartéis, hospitais, escolas e campos de missão, os capelães exercem um sacerdócio singular: conduzem celebrações, oferecem sacramentos e aconselham soldados, muitas vezes em contextos de dor, dúvida ou conflito. Sua atuação vai além do púlpito — é presença, escuta e exemplo de humanidade no cotidiano militar.

A cerimônia celebrada na Semana Santa, tempo litúrgico mais profundo da fé cristã, reforça o simbolismo da doação e do serviço. Renovar as promessas é, assim, reacender a chama da vocação e lembrar que ser padre, especialmente no ambiente militar, é viver entre a cruz e a espada — mas sempre com o coração voltado para a paz.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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