Esse projeto pioneiro está localizado no quebra-mar do Porto de Pecém, no Ceará. Projetada para começar a operar em 2020, apesar de ter começado a construção em 2012, a iniciativa é a primeira da América Latina.

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A energia das ondas ou energia dos mares, também conhecida como maremotriz, é obtida através do aproveitamento das ondas e dos movimentos da água provocados pela subida e descida das marés, é classificada como uma fonte de energia limpa.

A usina já é testada em alguns países, mas o diferencial da tecnologia brasileira é o uso de sistema de alta pressão para movimentar a turbina e o gerador, um conceito desenvolvido e patenteado pela Coppe. O conjunto completo é formado por um flutuador e um braço mecânico que, ao serem movimentados pelas ondas, acionam uma bomba para pressurizar água doce e armazená-la num acumulador conectado a uma câmara hiperbárica. A pressão na câmara equivale à das colunas d’águadas usinas hidrelétricas. A água altamente pressurizada forma um jato responsável pela movimentação da turbina, que, por sua vez, aciona o gerador de energia elétrica.

Estima-se que os 8 mil quilômetros de extensão litoral no Brasil podem receber usinas de ondas suficientes para gerar 87 gigawatts. Desse total, 20% seriam convertidos em energia elétrica, o que equivale a aproximadamente 17% da capacidade total instalada no País. Para essa unidade, o investimento é estimado em 18 milhões de reais.

Aqui estão as vantagens desse tipo de energia:

– Fonte de energia renovável;
– Ser limpa;
– Apresentar riscos mínimos ao meio ambiente;
– Possuir grande volume de água do mar para geração de energia;
– Não necessitar de equipamentos muito sofisticados, com diversos processos envolvidos até a obtenção da energia elétrica

E aqui algumas desvantagens:

– Fornecimento instável, pois depende do vento e outros fatores para que a maré seja forte ou não;
– Altos custos de instalação dos equipamentos;
– Baixa frequência das ondas para acionamento das turbinas;
– Consequente baixo rendimento – necessárias amplitudes de marés superiores a cinco metros para que seja rentável;
– As instalações devem ser fortes e sólidas o suficiente para resistirem às tempestades, ao mesmo tempo em que devem ser sensíveis o bastante para captação da energia das marés

Confira o vídeo do projeto, divulgado pela Coppe UFRJ:

YouTube video

Capa: Coppe UFRJ Usina de ondas.
Fonte: com informações do razoesparaacreditar e energiaaquatica

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).