Desde o dia 1º de janeiro de 2020, a Base Naval do Rio de Janeiro (BNRJ) é a primeira Organização Militar das Forças Armadas Brasileiras a entrar no mercado livre de energia, no qual grandes consumidores escolhem seu fornecedor.
No Ambiente de Contratação Livre (ACL), a BNRJ deixa de estar vinculada ao Ambiente de Contratação Regulada, modelo em que a energia elétrica consumida é adquirida diretamente da concessionária local, passando a ser livre para adquirir energia elétrica de qualquer fornecedor do País.
Dentre as vantagens oferecidas neste modelo, estão a não aplicação de custo adicional com bandeiras tarifárias, maior previsibilidade na conta de energia e possibilidade de maior flexibilidade no consumo. Além disso, no ACL a energia adquirida é do tipo incentivada, proveniente de geradores de fontes renováveis, como solar, eólica e de pequenas centrais hidrelétricas e estasfontes incentivadas proporcionam um desconto de 50% na parcela dedutível da fatura da Concessionária de Energia. Com os valores ofertados pela primeira colocada, somado ao desconto na demanda, a previsão de economia para os próximos cinco anos é de:
ANO 2020 – 19%
ANO 2021 – 20%
ANO 2022 – 20%
ANO 2023 – 23%
ANO 2024 – 23%
A elaboração de um processo que se adequasse ao perfil de consumo de energia da BNRJ, responsável por atender todo o Complexo Naval de Mocanguê (CNM), foi pioneiro e desafiador. Devido a não ser um local exclusivamente administrativo, o consumo varia sensivelmente de acordo com o período do ano, principalmente em razão da quantidade de navios atracados nos píeres e meios docados no Departamento do Industrial para reparo. As empresas comercializadoras ofereciam um produto que adotava limites de consumo mensal, apresentando maior risco para a Organização Militar. A alternativa foi criar um produto que estabelecesse regras de consumo anual baseado nos últimos anos de consumo, onde a energia faturável será de acordo com o montante consumido no mês, ou seja, a Marinha do Brasil (MB) paga somente o que for consumido.
Superadas as dificuldades, este novo processo de aquisição de energia elétrica, somado a outras iniciativas e investimentos em eficiência energética no CNM, resultam na atualização e modernização dos sistemas de alimentação e iluminação, com significativa economia de recursos financeiros a MB.
Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).