Aviões da Força Aérea Britânica fazem pouso de emergência no Rio

© Daniel Basil/Gov Brasil/Wikipedia

Na última sexta-feira, cinco aeronaves da Royal Air Force (Força Aérea Real Britânica) pousaram de emergência no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Entre os aviões estavam três caças Eurofighter Typhoon, um A-400 Atlas e um Airbus KC3 Voyager. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo da Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou que o pedido de pouso emergencial foi feito ao Centro de Controle de Área de Curitiba, que prontamente coordenou a manobra para garantir a segurança das aeronaves e dos demais voos no aeroporto.

Motivos do Pouso de Emergência e Condições Climáticas

A Embaixada do Reino Unido informou que as aeronaves estavam em rota de Espargos, no Cabo Verde, para a base de Mount Pleasant, nas Ilhas Falkland/Malvinas, quando foram forçadas a alterar o percurso devido às condições climáticas adversas. A mudança no clima impediu que o reabastecimento aéreo planejado ocorresse conforme previsto, levando a Royal Air Force a solicitar um pouso de emergência no Aeroporto do Galeão. A alteração de rota garantiu a segurança das aeronaves e das tripulações, que realizavam uma entrega rotineira de fuselagens para as Ilhas Falkland. Após os pousos, a RIOGaleão confirmou que as operações seguiram dentro da normalidade.

De acordo com a Embaixada Britânica, é provável que as aeronaves, após o abastecimento e os procedimentos de revisão, sigam de volta para as Ilhas Ascensão, no Atlântico Sul, antes de retornarem para as Ilhas Falkland.

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Ações da FAB e Procedimentos de Segurança no Pouso de Emergência

A FAB desempenhou um papel fundamental na coordenação do pouso seguro das aeronaves britânicas, com o Centro de Controle do Espaço Aéreo em Curitiba (ACC-CW) supervisionando as rotas e ajustando o tráfego aéreo para atender ao pedido de emergência. Com a autorização para pouso no Galeão, o Exército Brasileiro e a segurança aeroportuária local foram mobilizados para garantir o suporte necessário às aeronaves e minimizar os impactos no tráfego de voos comerciais. A concessionária RIOGaleão informou que os pousos causaram o atraso de sete aterrissagens programadas, mas a operação foi rapidamente normalizada, e a segurança no aeroporto foi mantida.

As operações de emergência foram concluídas com êxito, permitindo que as aeronaves retomassem seus planos de voo sem maiores incidentes. A FAB ressaltou que a cooperação entre as forças aéreas do Brasil e do Reino Unido contribuiu para o sucesso da manobra e para o rápido retorno à normalidade do tráfego aéreo no Galeão.

Características das Aeronaves da Força Aérea Real Britânica

A frota que pousou no Galeão inclui algumas das aeronaves mais avançadas da Força Aérea Britânica. O Airbus KC3 Voyager, modelo A330-200, é um avião-tanque estratégico usado tanto para reabastecimento aéreo quanto para transporte de tropas e carga. Sua capacidade de reabastecer caças em voo é crucial para missões de longa duração e foi justamente a tentativa de realizar essa manobra que motivou o pouso emergencial.

O A-400 Atlas, por sua vez, é um cargueiro tático utilizado para transporte de cargas pesadas, operações de lançamento aéreo e evacuações médicas. Projetado para operar em pistas não preparadas e de difícil acesso, o A-400 Atlas é uma peça importante para as operações logísticas da Royal Air Force. Já os Eurofighter Typhoon, caças avançados de múltiplo emprego, desempenham funções de combate aéreo e ataque a solo, sendo capazes de operar em condições de grande velocidade e agilidade.

A presença dessas aeronaves no Brasil para um pouso de emergência destaca a importância da infraestrutura aeroportuária e da cooperação internacional para responder a situações imprevistas em voos de longa distância. Com o retorno ao plano de voo original, as aeronaves da Royal Air Force devem prosseguir para suas operações de rotina, reforçando a segurança e a logística nas bases ultramarinas do Reino Unido.

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