No dia 21 de fevereiro, um feito notável foi alcançado pela Marinha do Brasil em colaboração com a SIATT, um nome proeminente na indústria de defesa. O sexto lançamento do Míssil Antinavio MANSUP não apenas consolidou as fases de desenvolvimento e pré-série do programa, mas também estabeleceu um novo padrão de precisão e eficácia em armamentos navais. Executado a partir da Fragata Defensora, este lançamento contou com a participação estratégica da Fragata Liberal e o suporte aéreo de dois helicópteros, garantindo um resultado impressionante: um impacto direto no alvo designado.

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Inovação e Precisão: O Papel da SIATT

Missil CMASM scaled

A SIATT, encarregada do desenvolvimento e fabricação do Sistema de Guiagem, Navegação e Controle (SGNC) do MANSUP, desempenhou um papel crucial nesta operação. A integração e os testes finais, realizados no Centro de Mísseis e Armas Submarinas da Marinha (CMASM), culminaram com sucesso graças à expertise e ao compromisso da empresa com a excelência. Além disso, a utilização do Console Lançador de Míssil (CLM) compacto pela SIATT evidencia uma abordagem inovadora e eficaz na integração de sistemas complexos.

Desafiando as Adversidades Climáticas

Tela SIATEX

O lançamento foi marcado por condições climáticas adversas, com a presença de um ciclone tropical que ameaçava a execução da missão. No entanto, a resiliência e a inovação prevaleceram com o auxílio do SIATEX, um sistema avançado desenvolvido pela SIATT que combina módulos de posicionamento global (GPS) e comunicação a longa distância. Este sistema permitiu a realização do lançamento em mar alto e sob visibilidade reduzida, demonstrando a capacidade do Brasil de realizar operações críticas em quaisquer condições.

Rumo à Autonomia na Defesa

O engenheiro Robson Duarte, sócio diretor da SIATT e Gerente do Programa MANSUP, enfatizou a importância deste lançamento não apenas como uma demonstração de capacidade técnica, mas como um passo significativo rumo à autonomia do Brasil na produção de mísseis antinavio. A competência da SIATT em integrar sistemas complexos como o MANSUP reforça o potencial brasileiro em assumir um papel de liderança no cenário de defesa global, com a promessa de produção em série do SGNC, abrindo novas fronteiras para a defesa naval nacional e internacional.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).