Por Davide De Martin (http://www.skyfactory.org); Credit: Digitized Sky Survey, ESA/ESO/NASA FITS Liberator - https://www.spacetelescope.org/projects/fits_liberator/fitsimages/davidedemartin_12/ (direct link), Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=1329999

As Três Marias, parte do cinturão da constelação de Órion, têm sido um farol no céu noturno, orientando navegadores ao longo da história. Este trio de estrelas, brilhante e facilmente identificável, desempenhou um papel crucial nas grandes navegações e continua a ser um símbolo de orientação na navegação contemporânea.

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As Grandes Descobertas e o Papel das Estrelas

Durante as grandes navegações, entre os séculos XV e XVII, os marinheiros dependiam intensamente da observação das estrelas para se orientar. Sem a tecnologia de GPS, a navegação astronômica era vital. As Três Marias, devido ao seu brilho e posição proeminente, eram frequentemente utilizadas como um guia confiável.

Métodos de Navegação Baseados nas Estrelas

  1. Determinação da Latitude: Os navegadores mediam o ângulo entre as Três Marias e o horizonte, usando instrumentos como o astrolábio ou o quadrante, para determinar a latitude.
  2. Referência para Localização de Outras Estrelas: Além de serem um ponto de referência por si só, as Três Marias ajudavam na localização de outras estrelas e constelações importantes.

A Navegação Astronômica na Marinha do Brasil Hoje

Com a evolução tecnológica, a navegação marítima foi transformada. No entanto, a Marinha do Brasil mantém a tradição de ensinar e praticar a navegação astronômica, incluindo o uso das Três Marias.

Aplicações Contemporâneas na Marinha

  1. Treinamento e Educação: A formação de oficiais e marinheiros ainda inclui a navegação astronômica, ressaltando a importância de habilidades tradicionais.
  2. Navegação de Backup: Em situações de emergência ou falha dos sistemas eletrônicos, a capacidade de navegar pelas estrelas é uma alternativa confiável e valiosa.

As Três Marias Como Símbolo de Resiliência e Sabedoria

As Três Marias não são apenas um marco no céu noturno, mas também um símbolo da resiliência e sabedoria humana na arte da navegação. Elas representam a ponte entre o passado e o presente, mostrando como o conhecimento ancestral continua relevante e aplicável, especialmente na prática naval contemporânea da Marinha do Brasil.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).