O Brasil possui 334 Unidades de Conservação (UCs) federais ricas em biodiversidade e beleza. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável por gerenciar as UCs, divulgou, no mês de fevereiro, a lista de unidades mais visitadas em 2021. Entre as dez mais visitadas no ano, seis estão em regiões litorâneas, sendo o primeiro lugar da Área de Preservação Ambiental (APA) da Baleia Franca (SC). A área, situada no litoral sul de Santa Catarina, tem 130 quilômetros de costa marítima e abrange cerca de nove municípios, desde a porção sul da Ilha de Santa Catarina até Balneário Rincão.
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No território da APA da Baleia Franca estão destinos com grande potencial turístico, como as praias dos municípios de Palhoça, Garopaba, Imbituba e Laguna, no litoral sul catarinense, além da Praia da Guarda do Embaú, única Reserva Mundial de Surf no Brasil. Essa APA foi criada a fim de proteger, em águas brasileiras, a baleia franca austral, e durante os meses de inverno ela torna-se palco para a observação desses animais.
Confira abaixo o ranking das 10 UCs mais visitadas em 2021, com destaque para as áreas de conservação em regiões litorâneas:
Esses resultados demonstram que o investimento no turismo em áreas de conservação tem trazido ótimos resultados. “De acordo com o índice que mede o capital natural disponível, bem como o desenvolvimento de atividades de turismo ao ar livre, o Brasil se encontra na 2ª posição em relação à atratividade dos seus recursos naturais. Muitos desses recursos naturais estão protegidos nas 334 unidades de conservação federais e alguns deles são mundialmente reconhecidos pelas suas belezas”, explicou a coordenadora de Planejamento, Estruturação da Visitação e do Ecoturismo do ICMBio, Roberta Barbosa.
A princípio, o crescimento na visitação dessas áreas pode trazer preocupação sobre os possíveis impactos em sua preservação. Mas, segundo Roberta Barbosa, “a visitação em si é entendida como uma ferramenta de conservação, pois sensibiliza visitantes e turistas para proteção de ambientes naturais para as presentes e futuras gerações”. Ainda que seja impossível eliminar o risco trazido pela visitação, diversas ações são implementadas a fim de controlá-lo como “a estruturação de ambientes específicos para a proteção das fragilidades existentes, monitoramento constante, limites de uso, entre outras medidas a depender de cada ambiente”.